A avenida Thales Castanho de Andrade, no bairro Monte Líbano, em Piracicaba (SP), se transformou numa praça de guerra na madrugada desta quarta-feira (17), depois que um homem, de 31 anos, identificado como Felipe Soares de Oliveira, e com antecedentes criminais segundo a Polícia Militar, morreu numa troca de tiros com PMs. Depois disso, um grupo de moradores ateou fogo em um ônibus do transporte coletivo.
Por causa disso, no momento, a linha está suspensa no bairro e quem depende do transporte está caminhando quase 2 Km até o Terminal mais próximo, que é o da Paulicéia. Não há previsão exata de retorno dos coletivos para o bairro.
A ocorrência teve início pouco depois da meia-noite quando, no cruzamento desta avenida com a rua Ingá, área da 1ª Companhia, as equipes foram averiguar um homem em atitude suspeita. No local, segundo a Polícia Militar, ele disparou contra uma das equipes e houve o revide.
Na sequência, durante a tentativa de abordagem, o indivíduo fugiu pela avenida, que é conhecida como “avenidinha do fervo”, por conta da concentração de pessoas que promoveram, por diversas vezes, perturbação de sossego, sendo necessária intervenção policial, e acabou entrando em um córrego, sendo seguido de perto por um dos policiais.
Em certo momento, de acordo com a PM, o homem apontou sua arma – um revólver Taurus calibre 32 com numeração suprimida – para o policial e efetuou um disparo. O PM revidou e acertou o cidadão que morreu no local.
O serviço de perícia e o serviço funerário foram acionados e o corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal) pouco depois da 1h20 da madrugada.
Por volta das 4h37, segundo a assessoria de imprensa da Tupi, empresa que opera com os ônibus do transporte coletivo, o veículo de prefixo 8531, da linha 304- Monte Líbano, foi incendiado. Consta que os criminosos pediram para o motorista e os passageiros desembarcarem e atearam fogo no veículo.
Devido à situação e visando a segurança dos passageiros e motorista, a linha não irá operar ate que a situação se normalize. Uma moradora do bairro, que estava indo buscar a neta no Terminal da Paulicéia nesta manhã, disse que como toma medicamento para dormir não viu, nem ouviu, nada durante a madrugada. “Agora cedo, quando acordei, que vi o ônibus queimado e levei um susto”, declarou.
Outra moradora disse que viu muito fogo, que os estouros eram apavorantes, e que havia bastante policiais no bairro. “Entrei em casa e os estouros eram tão fortes que parecia que estavam batendo no portão”, acrescentou. Por enquanto, o bairro está tranquilo e as pessoas tentam retomar suas atividades, mas o comentário se espalha pela comunidade.
