Atualmente no Brasil, 98% da frota de motos não têm seguro, a não ser o obrigatório. Entre os carros, são 70%. É um contingente de pessoas sujeitas a riscos que não podem controlar: panes, furtos, roubos. E elas estão completamente desassistidas quando a necessidade chega
Uma das razões para esse cenário é que os brasileiros, culturalmente, investem pouco em prevenção, mesmo que o ditado alerte: é melhor prevenir do que remediar. Outra causa é o preço dos seguros oferecidos pelas companhias tradicionais, que cobram caro para proteger veículos com alta sinistralidade e com mais de dez anos de rodagem – além de imporem restrições quanto a modelo, marca, ano e utilização do veículo.
Hoje no mercado há algumas opções de seguro de automóveis mais flexíveis com objetivo de ampliar o acesso dos brasileiros ao mercado de seguros, mas nem sempre foi assim.
Pandemia
Segundo a operadora de cartões Rede, entre março e maio, o serviço de delivery saltou 60% no Brasil, levando a uma aumento do número de trabalhadores que usam suas motos para fazer entregas durante a pandemia. Além disso, brasileiros demitidos de empregos fixos passaram a usar seus veículos para atuarem como motorista de aplicativo.