Manifestantes se reuniram neste domingo, 17, na Avenida Paulista, em São Paulo, para pedir o impeachment do ministro Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. O ato foi marcado também por declarações em defesa do ministro da Justiça, Sérgio Moro, do presidente da República, Jair Bolsonaro, e ofensas ao ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva, à esquerda e a outros ministros do STF.
Os manifestantes se concentraram no entorno de dois carros de som localizados nos extremos do quarteirão da avenida entre o Museu de Arte de São Paulo (Masp) e a Federação das Indústrias do Estado (Fiesp).
Vestidos de verde e amarelo e carregando bandeiras do Brasil, os manifestantes se misturaram aos populares que frequentavam a Paulista, que fica fechada para os veículos nos domingos.
Do alto dos carros de som, representantes de grupos como Movimento Direita Digital, Movimento República de Curitiba e Movimento Conservador puxavam coros como “Fora Gilmar!”, “Mito” (em referência a Bolsonaro) e “Moro presente”. Também defenderam a volta de Lula para a prisão.
Ao lado do carro de som localizado na altura do Masp foi inflado um boneco com os rostos de Gilmar, Lula e José Dirceu. Neste ponto da Paulista, manifestantes citaram o “guru” bolsonarista Olavo de Carvalho e também dirigiram ataques ao presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli.
No outro ponto, uma enorme bandeira tinha inscrição de “Impeachment Gilmar”. Algumas pessoas jogaram tomates em cartazes que representavam ministros da Corte.
Os atos foram encerrados por volta das 17 horas, sem registro de incidentes.
A Polícia Militar não estimou o público presente na Avenida Paulista.