A Suzano registrou a presença de 59 muriquis-do-sul (Brachyteles arachnoides) em suas áreas localizadas em Pindamonhangaba (SP). Essa conquista foi possível graças ao uso pioneiro de câmeras acopladas nas copas das árvores e drones, sendo a primeira iniciativa do tipo no setor privado brasileiro para o monitoramento e conservação de primatas.
Os muriquis-do-sul, também conhecidos como os maiores primatas das Américas, são uma espécie ameaçada de extinção, com pouco mais de 1.200 indivíduos restantes em todo o mundo. A União Internacional para a Conservação da Natureza (UICN) classifica a espécie como criticamente ameaçada.
No segundo semestre de 2022, a Suzano instalou 13 câmeras estrategicamente posicionadas nas copas das árvores para coletar informações em tempo real sobre os muriquis-do-sul. No primeiro trimestre de 2023, os dados coletados foram analisados. Essa ação faz parte do Projeto de Conservação de Primatas Ameaçados, desenvolvido em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (UFV). O objetivo é gerar informações sobre o habitat dessa população de primatas, utilizando tecnologias inovadoras, como drones e câmeras, para contribuir com a conservação de espécies ameaçadas.
Paulo Ricardo da Silva Rodrigues, coordenador de Meio Ambiente Florestal da Suzano em São Paulo, explica que os equipamentos são capazes de capturar informações em tempo real e realizar filmagens de até 30 segundos dos animais. As imagens são analisadas pela equipe da UFV e compartilhadas posteriormente com a empresa.
Além dos muriquis-do-sul, outras espécies de animais foram registradas por meio dessas tecnologias, como o macaco-prego (Sapajus nigritus) e o sauá (Callicebus nigrifrons). Outras espécies de mamíferos também foram identificadas, incluindo o Queixada (Tayassu pecari) e o Quati-de-cauda-anelada (Nasua nasua).
A Suzano dedica mais de 130 mil hectares no estado de São Paulo à conservação da biodiversidade. Suas áreas abrigam diferentes tipos de vegetação dos biomas Cerrado e Mata Atlântica, contribuindo para a conservação de diversas espécies, especialmente as endêmicas do bioma ou ameaçadas de extinção.
Desde 2006, a Suzano tem se empenhado em ações de conservação, buscando constantemente novas tecnologias para auxiliar em seu programa. Em parceria com a Universidade Federal de Viçosa (UFV), a empresa passou a utilizar drones em 2021, possibilitando uma avaliação mais precisa do habitat das espécies e o registro dos grupos de primatas, com ênfase nos muriquis-do-sul. Essa abordagem permite diagnosticar o território, a viabilidade populacional da espécie e a qualidade de seu habitat.
A descoberta dos muriquis-do-sul nas áreas de conservação da Suzano reforça o compromisso da empresa com a biodiversidade e sua missão de “Renovar a Vida a partir da Árvore”. A empresa é reconhecida nacional e internacionalmente por suas práticas sustentáveis nas regiões onde atua.