Duas mulheres deram queixa na DDM (Delegacia de Defesa da Mulher) após sofrerem queimaduras em um tratamento de bronzeamento artificial na cidade de Jaboticabal.
Em um dos casos, uma modelo de 28 anos teria registrado o boletim de ocorrência depois de passara por uma sessão de bronzeamento. As queimaduras teriam sido causadas por um produto aplicado por uma esteticista.
A modelo precisou passar por um pronto atendimento da cidade por quatro vezes, desde da última sexta-feira (13). Ela havia realizado a quinta sessão de bronzeamento no quintal da casa da esteticista.
Já uma jovem, que preferiu não se identificar, afirma ter passado pelo processo de bronzeamento no último dia 9. Ela também apresentou queimaduras de segundo grau, muito semelhantes às da modelo.
Ambas, que teriam passado pelo mesmo tratamento, acreditam serem vítimas de cosméticos sem procedência.
A esteticista responsável pelo local onde as mulheres fizeram o tratamento, relatou para os policias que a modelo teria ficado mais tempo exposta ao sol do que o recomendado e que teria trocado o produto devido a um acidente.
A DDM investiga o caso como lesão corporal culposa, quando não há a intensão. Os produtos usados no procedimento foram solicitados pela delegacia e deverão passar por perícia.
PROCEDIMENTO
Segundo uma das vítimas, tiras de fita isolante são recortadas no formato do biquíni e colocadas no corpo. Um produto é aplicado na sequência e a mulher deve ficar exposta ao sol por 40 minutos de frente e depois por mais 40 minutos de costas, em casa sessão.
Uma das vítimas ainda firma que chegou a desconfiar das condições do local, mas acabou por ignorar.
A modelo relatou que a esteticista garantiu ser a responsável pela produção do produto usado na aplicação. Já para a delegada titular da DDM, Andrea Cristiane Fogaça de Souza Nogueira, a profissional alegou comprar os produtos em lojas especializadas da cidade.
A Vigilância Sanitária vistoriou o local onde eram feitos os atendimentos nesta segunda-feira (16) e interditou parcialmente, já que o lugar também serve como residência da esteticista.
Segundo a diretora de Vigilância Sanitária de Jaboticabal, Eliane Ferreira de Souza, o local usado para os bronzeamentos é precário e não teria condições de funcionamento.
A DDM deve continuar com as investigações e buscar se há outras vítimas que realizaram o mesmo tratamento. A delegada ainda ressalta que pessoas que queiram realizar esses procedimentos estéticos deveriam ficar alertas em relação a escolha do local e dos profissionais.
Imagens: Arquivo Pessoal