O Ministério Público de São Paulo (MPSP) anunciou nesta segunda-feira (12) que conseguiu derrubar 12 perfis falsos nas redes sociais que estavam sendo usados para aplicar golpes, explorando a tragédia do voo 2283 da Voepass, que resultou na morte de 62 pessoas. Esses perfis fraudulentos solicitavam ajuda financeira, alegando que o dinheiro seria destinado aos familiares das vítimas.
Os criminosos por trás desses perfis falsos utilizavam fotos das vítimas e se passavam por parentes para enganar os usuários das redes sociais, pedindo doações em dinheiro. A ação do MPSP foi coordenada pelo CyberGaeco, a divisão especializada em crimes virtuais do Ministério Público, que conseguiu identificar e desativar essas contas fraudulentas.
O acidente com o voo 2283 ocorreu por volta das 13h30 da última sexta-feira (9). A aeronave, um turboélice ATR 72-500 operado pela Voepass (antiga Passaredo), caiu em Vinhedo, no interior de São Paulo, enquanto seguia de Cascavel (PR) para o Aeroporto de Guarulhos (SP). Infelizmente, todas as 62 pessoas a bordo perderam a vida.
O Instituto Médico Legal (IML) de São Paulo já concluiu todos os exames necroscópicos das vítimas, essenciais para determinar as causas das mortes. Até o momento, 27 corpos foram identificados, sendo 23 pelas impressões digitais e quatro pela análise da arcada dentária. Doze corpos já foram liberados para as famílias.
O MPSP designou três promotores de justiça de Vinhedo para acompanhar o inquérito policial que investiga as causas do acidente com o voo 2283. O procurador-Geral de Justiça do Estado de São Paulo, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, afirmou que o objetivo é garantir que todas as pessoas e empresas envolvidas sejam devidamente responsabilizadas.
Apesar de o acidente estar sob a jurisdição das autoridades federais, Costa enfatizou que o Ministério Público estadual também realizará investigações complementares, dado que o incidente ocorreu em território paulista.