O Ministério Público de São Paulo (MPSP) conseguiu a condenação de um homem que se passou por médico e causou lesões corporais graves em uma mulher após realizar um procedimento estético. A 4ª Vara Criminal de Guarulhos sentenciou o réu a 3 anos e 4 meses de reclusão em regime semiaberto.
A promotora Ana Brasil Rocha Pena apresentou a denúncia, que resultou na condenação por lesão corporal com duas qualificadoras. O réu, conhecido como “Doutor Bumbum”, cobrou R$ 1.300 para aplicar uma substância nos glúteos da vítima, alegando ser metacril. No entanto, perícias revelaram que ele utilizou óleo mineral, o que resultou em sérios problemas de saúde para a mulher, incluindo dores intensas, febre, enrijecimento das pernas e nádegas, tosse e falta de ar.
Os problemas começaram após o procedimento, impossibilitando a vítima de trabalhar por meses. Exames do Instituto Médico Legal (IML) confirmaram que o óleo mineral causou um processo inflamatório, com a substância permanecendo no corpo da vítima mesmo três anos após a aplicação.
A promotoria ressaltou o risco à vida e a debilidade física causados pela ação do réu. O caso evidencia a importância de verificar a qualificação e a legalidade dos profissionais antes de se submeter a procedimentos estéticos.