O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) denunciou Andréia Freitas de Oliveira, de 37 anos, pela morte do filho de 3 anos. Um exame de sanidade mental também foi solicitado pela promotoria.
O menino Gael de Freitas Nunes foi morto asfixiado, após ser agredido na cabeça no dia 10 de maio, em casa, no bairro Bela Vista, na capital paulista. Ele morava com mãe, uma irmã de 13 anos e a tia-avó de Andréia, de 73 anos.
Foi a tia-avó que acionou o socorro, após ouvir gritos vindo da cozinha do apartamento onde a família morava.
O menino foi atendido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e foi encontrado no apartamento em parada cardiorrespiratória. Então, foi levado à Santa Casa de São Paulo enquanto era reanimado pelos socorristas, o procedimento foi continuado pela equipe médica do hospital, sendo constatado o óbito na sequência.
A mãe de Gael foi presa preventivamente desde a morte do menino. Um anel que ela usava no dia foi apreendido e é compatível com os ferimentos na testa do menino.
No dia do crime, ela foi encontrada pelos policiais militares em estado de choque no banheiro da casa e encaminhada ao Hospital Mandaqui, na zona norte paulistana. Logo após a alta, foi levada à 1ª Delegacia de Defesa da Mulher, onde foi ouvida e indiciada.
De acordo com testemunhas, Andréia teve um surto psicótico. Documentos juntados ao processo mostram que, em 2012, ela havia apresentado um quadro de transtorno psiquiátrico, que na época foi classificado como transtorno afetivo bipolar diante de um episódio maníaco com sintomas psicóticos.
Andréia é acusada de homicídio doloso, quando há a intenção de matar, por meio cruel, contra descendente e criança. Se o juiz Roberto Zanichelli Cintra, da 1ª Vara do Júri, aceitá-la, Andréia se tornará réu no processo e poderá ser levada a julgamento popular pelo crime.
Caso Henry Borel
O caso se assemelha à morte do menino Henry Borel, de apenas 4 anos. Ele foi morto no dia 8 de março e a mãe e o padrasto são os principais suspeitos do crime. O Ministério Público do Rio (MP-RJ) denunciou os dois, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho, e a professora Monique Medeiros, mãe do menino, por homicídio triplamente qualificado.