Os motoristas e cobradores de ônibus do transporte coletivo de São Paulo entraram em greve, por tempo indeterminado, nesta terça-feira (14), depois de rejeitarem a proposta de reajuste salarial oferecida pelas empresas do setor.
Com a paralisação, a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio municipal de veículos, que deve retornar apenas na quarta-feira (15). A circulação de veículos nas faixas e corredores de ônibus foi liberada pela CET.
De acordo com o Sindicato dos Motoristas e Cobradores, as empresas de transporte coletivo tiveram, até as 23h59 de ontem, para apresentar uma nova proposta, o que impediria a greve, caso atendesse as reivindicações dos trabalhadores.
“A princípio o setor patronal insistiu em oferecer apenas 10% de reajuste e ainda de modo parcelado. Agora, ofereceram os 12,47%, mas apenas a partir de outubro [de 2022], o que é inadmissível”, destacou o presidente em exercício do sindicato, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.
Entre as reivindicações, os motoristas pedem aumento salarial baseado no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que é de 12,47% (retroativo a maio) e a aplicação do mesmo valor no vale-refeição e na participação nos lucros e resultados. Além disso, os trabalhadores reivindicam o fim da hora do almoço não remunerada.
A SPTrans afirmou que o sindicato não cumpriu com a determinação da Justiça, de manutenção de 80% da frota no horário de pico, e que irá cobrar a autuação de R$ 50 mil de multa diária.