Uma motorista de aplicativo, de 36 anos, foi encontrada morta na noite de domingo (20), em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital de Goiás, um dia após seu desaparecimento. Vanusa da Cunha Ferreira, foi morta na madrugada de sábado (19), por um homem que se apresentava como empresário de uma dupla sertaneja.
Nesta quarta-feira (23) a Polícia Civil divulgou pontos da versão apresentada pelo suspeito de matar a motorista da Uber. Em depoimento, Parsilon Lopes dos Santos, conhecido como “Camargo”, confessou ter matado a mulher depois que ela se negou a manter relações sexuais com ele.
Segundo a delegada Mayana Rezende, titular da Delegacia Especializada em Investigações Criminais (Deic), Camargo disse que, na noite do crime (18), pediu uma corrida para Vanusa, que já vinha fazendo, há cerca de dois meses, viagens particulares para o homem, que se apresentava como empresário de uma dupla sertaneja em início de carreira. “Naquela ocasião, ela levou Camargo e os cantores para uma apresentação e teria ficado na companhia do grupo até a madrugada de sábado”, contou a delegada.
Depois de os cantores serem deixados na casa de um parente, Camargo, que também é serralheiro, pediu para que Vanusa o levasse até uma chácara, onde o mesmo estava dormindo e trabalhando numa obra. Ao chegar no local, ele teria convidado a motorista para descer. Na versão dele, Camargo acreditava ter ‘pintado um clima’ e então decidiu agarrar a vítima.
Neste momento, ele decidiu estupra-la e motorista tentou descer do carro e fugir a pé. Camargo foi atrás e a segurou pelo braço. Os dois caíram e a mulher bateu a cabeça no meio fio e perdeu os sentidos. Ele ainda bateu a cabeça dela mais algumas vezes contra o chão.
O empresário disse que, mesmo com a vítima agonizando, teria tentado manter relações sexuais, mas não teria conseguido consumar o ato.
Após isso, Parsilon arrastou o corpo de Vanusa para dentro da chácara. Na sequência, o homem tentou sair com o carro da vítima, mas o veículo não funcionou direito e acabou sendo abandonado numa rua próxima ao local. Ele, então, pegou um Uber e foi para um motel, onde ficou até o meio-dia de domingo. Na sequência, Parsilon seguiu para o Setor Pedro Ludovico, onde pernoitou na rua, até segunda-feira (21), dia da prisão. Ele mesmo ligou para a Polícia Militar dizendo estar recebendo ameaças e foi abordado depois de tentar vender o próprio telefone celular em uma loja de celulares.
O homem deve ser indiciado, a princípio, pelos crimes de tentativa de estupro, homicídio e vilipêndio a cadáver.