A morte da estudante Rafaela de Campos, de 19 anos, que desapareceu após prestar um vestibular no domingo, 26, e foi encontrada sem vida no rio que corta a cidade, na segunda-feira (27), ainda é um mistério para a Polícia Civil de Sorocaba (SP). Familiares acreditam que a jovem foi assassinada, pois teria sinais de possíveis agressões. Um laudo preliminar do Instituto Médico Legal (IML) apontou que Rafaela morreu afogada e não encontrou marcas de violência no corpo. O laudo definitivo sai em 30 dias. Segundo a polícia, o suspeito, identificado como Paulo César Manoel, está foragido.
Imagens de câmeras obtidas pela Polícia Civil nesta quarta-feira, 29, mostram a jovem caminhando normalmente pelas ruas em direção ao ponto de ônibus que usaria para voltar para casa, em Votorantim, cidade próxima, logo após deixar a faculdade onde fez a prova, na região central de Sorocaba.
A sequência de imagens mostra o trajeto feito por Rafaela até uma quadra antes do ponto, que fica próximo da ponte sobre o Rio Sorocaba, na rua XV de Novembro. Para chegar ao ponto de ônibus, ela não precisaria cruzar a ponte, nem a avenida Dom Aguirre, marginal ao rio.
O corpo foi encontrado por pedestres em um trecho raso do rio, numa das áreas mais movimentadas da cidade. Antes de desaparecer, Rafaela trocou mensagens pelo celular com uma amiga, relatando apenas a dificuldade que encontrou para concluir a prova.
Um avô da garota disse que, após o desaparecimento, os familiares ligaram para o seu celular e foi possível ouvir uma respiração do outro lado. O aparelho ainda não foi localizado. A polícia mantém a investigação sobre possível homicídio, mas não dá detalhes alegando possível prejuízo à apuração.
A região percorrida pela garota é coberta pelo sistema público de monitoramento. Imagens das câmeras já foram entregues à polícia.
A jovem cursava gestão financeira, mas prestou vestibular para ciências contábeis. O corpo de Rafaela foi sepultado nesta quarta-feira, no Cemitério São João Batista, em Votorantim, onde ela morava. Familiares mais próximos não falaram com os jornalistas. Um parente em segundo grau disse que a família está transtornada, mas vai cobrar a total apuração das circunstâncias em que a jovem morreu.