O futebol brasileiro está de luto. Morreu hoje, aos 56 anos, o ex-lateral-direito Zé Carlos, vice-campeão da Copa do Mundo de 1998 com a Seleção Brasileira. O ex-jogador do São Paulo foi vítima de um infarto fulminante na casa de uma sobrinha, em Osasco.
Zé Carlos defendeu São José, Nacional, São Caetano e Marília. Em 1997, foi contratado pela Matonense e disputou a Série A-2 do Campeonato Paulista. Após se destacar muito na posição e ajudando o time de Matão a subir para a divisão de elite, chamou a atenção do técnico uruguaio Dario Pereyra, que pediu a sua contratação no São Paulo.
Zé Carlos chegou apenas como a quarta opção na posição. Não demorou muito para ganhar a condição de titular no Tricolor. Foi eleito o melhor lateral do Campeonato Brasileiro de 1997 e ganhou a Bola de Prata, tradicional prêmio da Revista Placar e ESPN.
Em 1998, foi campeão paulista e novamente eleito o melhor de sua posição. O técnico Zagallo não pensou duas vezes em convocá-lo para a Copa do Mundo, surpreendendo à todos, em especial a mídia. Zé Carlos entrou na vaga de Flávio Conceição, que precisou ser cortado.
Zé Carlos foi titular do Brasil na semifinal contra a Holanda, uma vez que Cafu estava suspenso. O lateral viu Taffarel brilhar nos pênaltis após o empate no tempo normal por 1 a 1. Na final, a França venceu por 3 a 0.
Após o Mundial, o lateral nunca mais voltou a atuar com a camisa canarinho. Passou por Grêmio, Ponte Preta e Joinville, até encerrar a carreira em 2005 no Noroeste.
Zé Carlos morava em Presidente Prudente, perto de onde nasceu, em Presidente Bernardes. O ex-atleta criou o Instituto Zé Carlos, sem fins lucrativos para ajudar as crianças da região. Ele deixa uma filha de 8 anos e um filho de 16.