O basquete brasileiro está de luto. Morreu aos 87 anos, Wlamir Marques, um dos maiores nomes da modalidade. O ex-atleta estava internado na UTI de um hospital particular em São Paulo. A causa da morte não foi divulgada.
Apelidado de “Diabo Loiro”, Wlamir fez parte da geração de ouro do basquete. Foi bicampeão mundial em 1959 (Santiago) e 1963 (Rio de Janeiro).
Também levou a Seleção Brasileira a mais duas medalhas de prata em Mundiais: 1954 (Rio de Janeiro) e 1970 (Iugoslávia).
Wlamir tinha também em sua coleção duas medalhas de bronze em Olimpíadas (Roma em 1960 e Tóquio em 1964). Ganhou uma prata e dois bronzes em Jogos Pan-Americanos. Foi tetracampeão Sul-Americano (1958, 1960, 1961 e 1963).
Ainda hoje, Wlamir é o sexto maior pontuador no basquete masculino, com 537 pontos – o único do top 10 que jogou quando não existia cesta de três pontos.
Em agosto de 2023, Marques entrou para o Hall da Fama da Fiba (Federação Internacional de Basquetebol), em cerimônia realizada nas Filipinas. Recebeu o Troféu Heims de Melhor Atleta da América do Sul em 1961 e a Medalha do Mérito Esportivo.
Fez história também no Corinthians, tanto é verdade que o ginásio do Parque São Jorge foi batizado com seu nome. Vestiu a camisa do Timão de 1962 a 1972.
Pelo alvinegro conquistou três Sul-Americanos (1965, 1966 e 1969), três Brasileiros (1965, 1966 e 1969), cinco Paulistas (1964, 1965, 1966, 1968 e 1969) e sete Paulistanos (1964, 1965, 1966, 1967, 1968, 1969 e 1970).
Com 1m85 de altura, Wlamir iniciou sua trajetória em 1953, no C.R. Tumiaru, de São Vicente.
Depois se transferiu em 1955 para o XV de Novembro, onde ficou seis temporadas, conquistando os Paulistas de 1957 e 1960 e o Troféu do Interior em 1955, 1957, 1958, 1959 e 1960.
Chegou ao Corinthians em 1962. Se aposentou em 1973, no Tênis Clube, de Campinas.