A cantora e compositora Angela Ro Ro morreu nesta segunda-feira (8), no Rio de Janeiro, aos 75 anos. Ela estava internada desde julho no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, Zona Sul da capital, onde passou por uma traqueostomia em decorrência de uma infecção pulmonar. A causa da morte foi uma parada cardíaca após procedimento cirúrgico.
A informação foi confirmada por Laninha Braga, ex-companheira que acompanhava a artista, e pelo produtor Paulinho Lima, amigo de longa data. O advogado de Angela, Carlos Eduardo Lyrio, afirmou recentemente que a cantora vinha enfrentando dificuldades financeiras e dependia de doações para custear o tratamento médico.
Trajetória
Nascida em 5 de dezembro de 1949, no Rio de Janeiro, Angela Maria Diniz Gonsalves ganhou ainda criança o apelido Ro Ro, em referência à voz rouca e grave que se tornaria sua marca registrada.
Nos anos 1970, viveu na Itália e em Londres, onde trabalhou como faxineira, garçonete e lavadora de pratos, enquanto se apresentava em pubs da capital inglesa. Por indicação de Glauber Rocha, participou do álbum Transa (1971), de Caetano Veloso, tocando gaita.
De volta ao Brasil, passou a se apresentar em casas noturnas cariocas e, em 1979, lançou o álbum de estreia, Angela Ro Ro, pela gravadora Polygram. O disco trouxe composições próprias e sucessos que marcaram sua carreira, como “Amor, meu grande amor”, “Tola foi você”, “Gota de sangue”, “Balada da arrasada” e “Agito e uso”.
Com voz inconfundível e personalidade marcante, Angela Ro Ro se consolidou como um dos nomes mais importantes da música popular brasileira, influenciando gerações de artistas.


