Mesmo com a intensificação da Operação Centro Seguro para retirar moradores de rua de Limeira, a equipe do Rápido no Ar flagrou, nesta quinta-feira (13), pessoas em situação de rua sob o viaduto da Avenida Comendador Agostinho Prada. O local tem sido alvo de queixas de pedestres, que relatam dificuldades de locomoção e sensação de insegurança ao passar pela área.
Enquanto realizava imagens do local, a equipe foi abordada por uma motorista que reclamou sobre a presença frequente dos moradores de rua na região. Segundo ela, mulheres que precisam passar pelo viaduto evitam a travessia pela parte superior, pois não há passagem segura para pedestres. Como alternativa, utilizam o espaço sob a estrutura, mas encontram dificuldades devido à presença dos moradores de rua e de seus cachorros.
“Os moradores que ficam ali mexem com as mulheres que passam a pé, e os cachorros deles avançam nos pedestres. Eu evito passar por aqui porque me sinto insegura”, relatou a condutora, que preferiu não se identificar.
O viaduto foi construído durante a gestão do ex-prefeito Silvio Félix, pai do atual prefeito Murilo Félix, e não conta com uma passagem exclusiva para pedestres. Isso obriga quem circula a pé pela região a utilizar o espaço inferior, onde os relatos de incômodo são frequentes.
Apesar dos esforços da prefeitura, a permanência de pessoas em situação de rua sob o viaduto da Avenida Comendador Agostinho Prada gera preocupação entre quem precisa passar pela área. Com a ausência de uma passagem exclusiva para pedestres, o trecho segue como um ponto de vulnerabilidade, especialmente para mulheres que circulam pelo local.
O Rápido no Ar entrou em contato com a Prefeitura e aguarda um posicionamento. O espaço está aberto.
OPERAÇÃO CENTRO SEGURO
A Operação Centro Seguro, implantada no início de fevereiro pela prefeitura de Limeira, realiza abordagens sociais com o objetivo de retirar moradores de rua das áreas centrais e garantir segurança a comerciantes e transeuntes. Agora, a ação se estende para bairros da cidade.
Segundo o prefeito Murilo Félix, a iniciativa busca tanto reforçar a segurança urbana quanto oferecer suporte às pessoas em situação de vulnerabilidade. “As pessoas que buscam superar o vício em drogas e álcool, que procuram oportunidade de inserção no mercado de trabalho ou que desejam voltar para suas famílias terão apoio da prefeitura”, afirmou.
As abordagens são realizadas por assistentes sociais do Centro de Promoção Social Municipal (Ceprosom), em conjunto com a Guarda Civil Municipal (GCM), com apoio da Secretaria de Saúde. Até o momento, sete pessoas aceitaram acolhimento terapêutico para tratar a dependência química, enquanto 16 indivíduos foram encaminhados a centros de acolhida e duas pessoas optaram por retornar às suas famílias.
A prefeitura disponibiliza canais de contato para quem deseja solicitar abordagens sociais, por meio dos telefones 199 (Defesa Civil) ou 153 (Guarda Civil Municipal). No entanto, moradores da região cobram soluções mais efetivas para garantir a segurança dos pedestres que utilizam o espaço diariamente.