Atual campeão mundial de Fórmula 1, Lewis Hamilton encerrou meses de conversações ao finalmente assinar um novo contrato com a Mercedes. O dono de quatro títulos acertou um novo acordo até 2020, quando o conjunto atual de regras da categoria chegará ao fim. Os detalhes do vínculo firmado não foram revelados, mas as estimativas são de que o britânico vai receber 40 milhões de libras (aproximadamente R$ 200 milhões) por temporada.
“É bom colocar a caneta no papel, anunciar e depois continuar com o trabalho habitual. Estamos na mesma página dentro e fora da pista, e estou ansioso para ganhar mais”, disse, nesta quinta-feira, Hamilton, que neste fim de semana participa do GP da Alemanha.
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A Mercedes venceu os últimos quatro campeonatos de pilotos e de construtores, com três conquistas de Hamilton, mas esta vem sendo a temporada mais difícil para a equipe. O britânico está oito pontos atrás do alemão Sebastian Vettel, da Ferrari, a escuderia que lidera o Mundial de Construtores com 20 pontos de vantagem para os atuais campeões.
Hamilton, de 33 anos, venceu 65 corridas, sendo 44 com a Mercedes, e foi ao pódio 124 vezes na sua carreira. Ele é o recordista de pole positions na Fórmula 1 com 76. O seu número de triunfos só é inferior aos 91 de Michael Schumacher, sete vezes campeão mundial.
“Estou muito confiante de que a Mercedes é o lugar certo para estar nos próximos anos. Embora tenhamos alcançado muito sucesso juntos desde 2013, a Mercedes está mais faminta do que nunca. A paixão competitiva que queima dentro de mim é compartilhada por todos os membros deste grupo”, disse Hamilton.
O chefe de automobilismo da Mercedes, Toto Wolff, falou em alívio pela formalização da permanência de Hamilton diante de especulações de que o britânico poderia até mesmo deixar as pistas para concentrar o seu foco em ambições fora do esporte.
“Há, compreensivelmente, muito interesse e especulação em torno de todo o processo, então é bom acabar com tudo e anunciar isso. Nós assinamos os documentos finais esta semana e não queríamos manter as pessoas esperando por mais tempo”, disse Wolff.
O dirigente apontou Hamilton como um dos grandes nomes de todos os tempos da Fórmula 1, e elogiou seu profissionalismo e ética no trabalho. “O que eu mais gosto de trabalhar com ele é por conhecer o homem que está dentro do capacete de corrida: seu implacável impulso para o autoaperfeiçoamento, sua inteligência emocional como um membro da equipe e sua lealdade para com aqueles em torno dele”, afirmou.
Hamilton está na Mercedes desde 2013, após seis temporadas na McLaren. O britânico conquistou seu primeiro título na Fórmula 1 com a McLaren, em 2008, aos 23 anos. Nesta temporada, ele disputa com Vettel para se tornar o terceiro piloto com cinco títulos mundiais – além de Schumacher, o outro é Juan Manuel Fangio.
O novo contrato de Hamilton vai até o fim do Acordo de Concórdia, com um novo conjunto de regras e regras para a Fórmula 1 passando a vigorar a partir de 2021. As maiores mudanças serão centradas em motores, orçamentos e distribuição de receitas, a fim de criar condições de disputa mais equitativas.