O incêndio que atingiu o Mercado Municipal de Piracicaba (SP), na madrugada do dia 23 do mês passado, ocasião em que quase metade área ocupada pelos boxes foi atingida, não apontou vestígios que pudessem indicar que o incêndio ocorreu por causa de uma ação dolosa (com intenção de praticar), nem por falhas em sua instalação elétrica, mas que foi compatível com o que foi comentado em boa parte da cidade, de que teria começado numa fritadeira elétrica. Porém, o que causou a propagação das chamas foi a falha no sistema de combate a incêndio.
O laudo pericial oficial, assinado pelo perito Doutor Jefferson De Gaspari, já foi entregue ao delegado Vagner Rogério Romano, titular do 1º Distrito Policial. Segundo o laudo, as caixas d’água e bombas de combate a incêndio ficavam em cima dos banheiros e deste local saía um cano que abastecia seis hidrantes dentro do prédio.
Segundo observação do perito, o sistema deveria ter sido feito da seguinte maneira: o encanamento deveria ter sido embutido na parede e enterrado no chão. Com isso, o fogo ficaria no local onde ele começou, sem espalhar. No instante em que o fogo atingiu o cano, como ele era suspenso e encostava na madeira, as chamas o destruíram e se alastraram.
O delegado Vagner Romano disse que o inquérito ainda está em andamento, porque serão ouvidos todos os comerciantes que tiveram os estabelecimentos atingidos e também serão analisadas as documentações relacionadas ao funcionamento do local.
