Foi sepultado na manhã desta quarta-feira, 11, o corpo de Yasmin Lemos de Campos, de 4 anos, vítima de um escorpião em Cabrália Paulista (SP). Yasmin foi picada quando brincava no quintal de casa e foi levada ao posto de saúde local para receber os primeiros atendimentos. De lá, foi transferida para o hospital de Duartina, município a 10 quilômetros de distância.
O hospital, porém, não tinha soro que combate o efeito da picada. A menina foi, então, levada para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Bauru, onde acabou morrendo na noite desta terça-feira, 10, pouco depois de receber a medicação.
Familiares culpam a demora no atendimento da criança ao ser transferida para os outros municípios. O caso deverá ser objeto de investigação por parte da Polícia Civil.
Vítimas
Com o período de estiagem, ataques de escorpiões têm se multiplicado nas últimas semanas em cidades paulistas. Em Sumaré, um menino morreu no último sábado, 7, seis dias após ser picado ao calçar um tênis.
Nicolas Benette residia em um condomínio com infestação de escorpiões. “Assim que sentiu a picada, ele já saiu correndo e gritando”, conta Renata Benette, mãe do garoto. Ele chegou a ser socorrido e levado ao hospital, mas não resistiu.
Em abril, outro menino, de 6 anos, também foi vítima de um escorpião, em Barra Bonita. Sem soro na cidade, Bryan Gabriel Alves foi mandado para o hospital de Jaú, onde acabou falecendo
Prevenção
Em Americana, 234 pessoas foram picadas no primeiro semestre deste ano. Segundo o veterinário José Brites Neto, na cidade a maioria dos ataques envolve a espécie Tityus Serrulatus (escorpião amarelo). “O seu veneno possui efeito neurotóxico maior do que o encontrado na espécie marrom”, explica.