Com receio de perder o seu principal articulador em razão do assédio de vários clubes, o presidente Danilo Maluf tratou de renovar o contrato do meia Albano. O novo vínculo do camisa 10 com a Internacional de Limeira vai até 2026.
Albano veio para o Leão no final do ano passado, após se destacar no Aparecidense/GO e no Retrô. Bola dentro do técnico Júnior Rocha que o indicou para o Leão. E olha que a intenção do atual comandante da Ferroviária era trazê-lo para a Série D de 2023, mas não houve acordo financeiro.
Albano teve um crescimento absurdo na Internacional. Vale lembrar que ele quase não foi inscrito no Paulistão, por opção do próprio Júnior Rocha, que entendia que o jogador não estava entregando aos 100% em campo, tanto em jogos-treinos quanto em treinamentos.
Mas quis o destino que o volante João Paulo se machucasse com gravidade logo na estreia contra a Portuguesa, no Major Levy – rompeu o ligamento cruzado e ficou fora da competição.
Essa vaga foi preenchida exatamente por Albano. Aos poucos, o camisa 10 foi ganhando oportunidades. Sempre que entrava no decorrer das partidas, agradava. A Inter crescia de produção e fazia boas partidas.
A torcida começou a gostar de Albano e pedia o tempo todo sua entrada na equipe. Mas de meia, o jogador foi utilizado como extremo pela direita. Sendo assim, passou a competir com Everton Brito, o titular da posição.
Quis o destino novamente que Brito se lesionasse e com isso, Albano virou titular da posição. E o seu primeiro gol pela Inter aconteceu no dia 2 de março. Foi justamente o da classificação para as quartas de final, na vitória contra o Ituano por 2 a 0, no Limeirão. Um chute da entrada da área forte, certeiro e no ângulo, sem chances para Jefferson Paulino. Neste dia, Albano também foi eleito o melhor em campo.
Em razão do seu futebol vistoso, o Santos passou a monitorá-lo. Nenhuma proposta oficial chegou ao Leão, mas sua atuação na Vila Belmiro na derrota para o Peixe por 3 a 2 pela última rodada da fase de classificação, impressionou a diretoria alvinegra. Mas não houve negócio.
Todos esperavam que Júnior Rocha fosse mantê-lo como titular na partida contra o Red Bull Bragantino, em Bragança Paulista, pelas quartas de final. Mas o treinador priorizou quem jogou mais. Recuperado, Everton Brito voltou a condição de titular. Talvez esse tenha sido o maior erro do ex-comandante, a exemplo da volta de Zé Mário no lugar de César Morais pelo mesmo motivo.
Albano começou no banco no Nabi Abi Chedid e viu a Inter ser engolida pelo Touro por 3 a 0. O meia entrou no segundo tempo e em poucos minutos em campo, criou as principais chances leoninas. O goleiro Cleiton fez defesas importantes e garantiu a classificação do Massa Bruta.
Albano seguiu trabalhando e na Série D mostrou ao Brasil que é um dos melhores e mais promissores meias. Mesmo com a teimosia em mantê-lo como um ponta pela direita, o camisa 10 se sobressaía. Quanta habilidade num jogador só.
Foram grandes atuações pela Inter e o segundo gol como prêmio, anotado na vitória sobre o Santo André por 3 a 0, no Limeirão. Além disso, deu quatro assistências.
O técnico Felipe Conceição chegou a justificar, em entrevista ao Pimba nos Esportes, que não poderia mudar Albano de posição, pois segundo o comandante, é mais fácil receber a bola na frente como um extremo, do que de costas para armar o time.
Mas a tese do atual técnico da Inter foi por água abaixo exatamente na partida de volta das quartas de final da Série D contra o Maringá, no Willie Davids. Após a derrota em casa por 1 a 0, Conceição se viu na obrigação de mexer no time e pela primeira vez na reta de chegada da competição, escalou uma Inter da forma como todos esperavam e pediam: sem o garoto Léo Lopes como titular e com Albano jogando na meia. Foi a melhor partida da Inter na competição.
Albano tem tudo para ser um dos melhores jogadores da Inter no próximo Paulistão. Basta saber se Felipe Conceição insistirá com o craque na ponta ou se vai deixá-lo brilhar como um verdadeiro meia-armador. Já são 26 jogos com a camisa alvinegra.