A Organização das Nações Unidas (ONU) celebra neste domingo (18), o Dia Mundial em Memória das Vítimas de Trânsito com a intenção de conscientizar e alertar para os altos índices de acidentes que matam milhares de pessoas todos os anos em todo o mundo. No Brasil, dados divulgados mostram que nos últimos dois anos, mais de 63 mil mortes foram causadas pela violência no trânsito.
De acordo com o levantamento, em 2016 e 2017, entre as vítimas das ocorrências fatais já indenizadas pelo Seguro DPVAT, mais de 26 mil eram jovens entre 18 e 34 anos. A motocicleta foi a responsável pela maior parte desses acidentes, cerca de 76%, que envolveram principalmente os próprios motoristas. Das mortes registradas no país nesse período e indenizadas pela Seguradora Líder, 65% estavam concentradas nas regiões Sudeste e Nordeste. Entre os estados destacam-se São Paulo, Minas Gerais, Bahia, Paraná e Rio de Janeiro, representando juntos 46% das ocorrências. Já os estados do Acre, Amapá, Roraima, Sergipe e o Distrito Federal apresentaram o menor índice de mortes.
Segundo dados da Polícia Rodoviária Federal, os quase 52 mil acidentes registrados nas estradas brasileiras de janeiro a setembro deste ano trazem a falta de atenção à condução como principal causa. O uso de álcool por parte do condutor também permanece chamando a atenção nas estatísticas: foram mais de 4 mil casos, de acordo com a PRF.
Na tentativa de frear o alto índice de acidentes, a ONU lançou a Década Mundial de Ações para a Segurança no Trânsito, de 2011 a 2020, e governos de todo o mundo se comprometeram a tomar novas medidas de prevenção, com o objetivo de reduzi-los pela metade.
Divulgados mensalmente, os dados de indenizações pagas por meio do Seguro DPVAT, para que eles se tornem insumos para a construção de políticas públicas que contribuam para um trânsito menos violento. O DPVAT é um seguro de caráter social que indeniza vítimas de acidentes de trânsito, sem necessidade de apuração da culpa. Ele beneficia todos os envolvidos, sejam motoristas, passageiros ou pedestres, dentro de uma das três coberturas do seguro: morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada de saúde (até R$ 2.700).