O novo diretor artístico e regente titular da OSP (Orquestra Sinfônica de Piracicaba) é o maestro alemão Knut Andreas, de Potsdam. O anúncio ocorreu no sábado (18), no concerto sob sua regência, que encerrou a Temporada 2021, no Teatro Municipal Dr. Losso Netto.
Nos últimos sete anos, o conjunto de 121 anos de trajetória contou o maestro piracicabano Jamil Maluf como diretor artístico e regente titular, funções por ele deixadas oficialmente no mês passado, tornando-se maestro emérito.
“Somos gratos ao maestro Jamil Maluf, pois foi graças a ele que a OSP alcançou qualidade artística e projeção nacional. Esperamos que o maestro Knut Andreas nos leve a diferentes viagens musicais e artísticas”, define o violoncelista piracicabano André Micheletti, diretor artístico associado da OSP. “A orquestra se apaixonou por Knut, desde a sua primeira regência”, completa Micheletti, que é também professor de música na USP de Ribeirão Preto.
Knut Andreas regeu a OSP como maestro convidado em diferentes ocasiões: em 2019, no concerto de agosto, quando Piracicaba completou 252 anos, e em dezembro, no encerramento da temporada. Retornou em outubro de 2021 e, novamente, este mês. “O Brasil é um país de pessoas com corações calorosos e estou feliz diante da possibilidade de estar mais vezes com a OSP”, avalia.
Ele alternará sua agenda entre Brasil e Alemanha, onde é regente titular da Orquestra Sinfônica Jovem de Berlim e diretor artístico e regente titular da Orquestra Sinfônica Collegium Musicum de Potsdam, sua cidade-natal, com a qual desenvolve programas de educação musical para crianças e jovens e concertos para idosos em asilos. Ainda em Potsdam, é professor honorário de história da música e gestão musical na Universidade de Ciências Aplicadas.
A agenda dos concertos para o ano de 2022 já está definida entre Knut e a direção da OSP, o que facilitará a sua vinda ao Brasil. Além do seu regente titular, a orquestra terá a participação de maestros convidados e também do maestro emérito Jamil Maluf. “Na Temporada 2022 teremos algumas obras que serão verdadeiras descobertas para o público, mas sem esquecer as obras dos grandes mestres. Além disso, traremos algumas surpresas, dentre elas um concerto com música popular brasileira”, adianta Knut Andreas.
NO BRASIL – Andreas desenvolve há 10 anos trabalho intercultural entre Brasil e Alemanha, reconhecido com a medalha Austregésilo de Athayde, da Academia de Letras e Artes de Paranapuã (RJ). O maestro participou do projeto sociocultural Criar & Tocar, em Campo Limpo, São Paulo. Regeu as sinfônicas de Campinas, Unicamp, Americana, Ribeirão Preto e a Orquestra de Câmara OPUS, de Belo Horizonte (MG). Com a Orquestra da Unicamp, lançou disco de obras contemporâneas para trompete e orquestra, de compositores brasileiros e brandenburguenses.
BALANÇO
Ainda sob o efeito do novo Coronavírus, o ano de 2021 foi marcado pelo formato híbrido: de março ao início de agosto, os concertos alcançaram 310 mil visualizações no Facebook, Instagram e YouTube. Com a retomada segura do Plano São Paulo de combate à pandemia, apresentações voltaram ao Teatro Dr. Losso Netto, a partir do final de agosto.
Para o presidente da Associação da Orquestra Sinfônica de Piracicaba, Reinaldo Gerdes, há boas expectativas para o ano de 2022. “Esperamos ter um ano com mais alegria e a colaboração dos órgãos públicos e da iniciativa privada, sempre sensíveis ao nosso trabalho”, avalia.