O Brasil possui hoje 420 milhões de dispositivos digitais, de acordo com dados divulgados nessa semana pela Fundação Getúlio Vargas, na 30a Pesquisa Anual do Centro de Tecnologia de Informação Aplicada. Isso corresponde a dois aparelhos por habitante, considerando-se a soma de 185 milhões de computadores (desktops e notebooks) e 235 milhões de smartphones. Aparelhos celulares já representam 56% do total de dispositivos digitais em circulação. Essa predominância esconde um potencial problema de saúde pública: a radiação emitida pelas telas (conhecida popularmente como luz azul) pode causar danos à pele, como perda de elasticidade, envelhecimento precoce e manchas
A luz azul está presente nos raios solares, mas causa menos danos à saúde do que as telas porque o tempo de exposição é menor, bem como a distância de exposição é maior. Segundo pesquisa divulgada pela empresa Statista, em 2016 o brasileiro passou em média 5 horas diárias em frente a algum tipo de tela. Esse número mais do que dobrou em relação ao levantamento anterior, feito em 2012. Além disso, os dispositivos digitais estão sempre à mão, próximos à pele do rosto e pescoço.
A energia emitida pelas novas tecnologias provoca a estimulação e produção dos radicais livres, que aceleram a oxidação das células e provocam o envelhecimento precoce. Essa radiação entra mais profundamente na pele e atinge camadas mais profundas Isso pode piorar quadros de melasma (manchas na pele em tons de marrom). Outro efeito negativo é o aumento da produção de radicais livres, que pode causar a diminuição do colágeno e a consequente redução de elasticidade, formação de rugas e perda de contorno facial. Segundo Fábio Pergher, engenheiro químico e fundador da indústria de cosméticos Provanza, já foram desenvolvidos bloqueadores que ajudam a proteger a pele contra a exposição excessiva à luz azul.
Prevenção
Atenta aos estudos relacionados à luz azul, a indústria de cosméticos desenvolveu produtos que ajudam a combater as consequências da exposição cada vez maior às telas de TV, tablets e smartphones. A mineira Provanza, indústria de cosméticos sediada em Uberlândia (MG), foi uma das pioneiras a pesquisar o tema no Brasil e desenvolveu a linha de produtos Blue Protect.
Segundo Pergher, as pesquisas começaram com o estudo do ambiente em que se utilizam os aparelhos eletrônicos. A partir daí, a Provanza associou ativos específicos nos produtos faciais e capilares. A Blue Protect conta com quatro itens, que podem ser utilizados por pessoas de diferentes faixas etárias: creme facial (todos os tipos de pele), sérum facial (peles oleosas ou mistas), shampoo e condicionador (todos os tipos de cabelos).
– O desenvolvimento da linha Blue Protect levou cerca de dois anos. Os estudos foram coordenados pela equipe de Pesquisa e Desenvolvimento da empresa. “O estilo de vida moderna expõe as pessoas a outros tipos de poluição, que podem afetar a pele e os cabelos. Esses fatores estão tanto no ambiente externo, como dentro de casa e das empresas”, explica Fábio Pergher, engenheiro químico e um dos fundadores da Provanza. A exposição à luz azul cresce a cada dia, acompanhando o aumento dos eletrônicos como parte da vida diária.
– Pergher acredita que, no futuro, a tendência é que o uso desses produtos se torne tão comum quanto o de protetores solares. Testes de eficácia foram realizados por laboratórios renomados certificados pela ANVISA. (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Na formulação, foram combinados os seguintes ativos:
Exo-P: reduz a adesão das partículas 2,5 (cerca de cem vezes menores que um fio de cabelo), além de ‘sequestrar’ metais pesados;
Shield MLDA: proteção da radiação azul, a faixa de absorção abrange também outros comprimentos de onda como UVA, UVB e UVC;
Denoxylene: contém polifenóis de chá verde, que atuam como protetores do DNA;
Wellagyl: aumenta a elasticidade, firmeza e hidratação da pele. Combate as rugas e linhas de expressão, alem de reduzir a flacidez e melhorar o contorno da face.