Limeira terá que apresentar a realização de exames de sorologia em capivaras presentes no Parque Ecológico do Jardim do Lago. O pedido foi feito pela Justiça com a intenção de verificar se esses animais são portadores do carrapato-estrela, transmissor da febre maculosa, doença que já causou mortes na região.
No entanto, a Secretaria de Saúde informou que há um processo de autorização para o manejo das capivaras junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente e que ainda não há autorização por parte do Estado para a realização desse procedimento. Cerca de 40 capivaras vivem no parque.
A ação civil pública movida pela Associação de Moradores de Amigos do Jardim Aeroporto determinou que a Prefeitura apresente provas da realização desses exames. O Parque Ecológico do Jardim do Lago é considerado um dos locais com maior potencial para a presença do vetor da febre maculosa.
A Secretaria de Saúde ressaltou que, quando recebe notificações de casos suspeitos, a Divisão de Zoonoses realiza a investigação para identificar o Local Provável da Fonte de Infecção (LPI) e utiliza a técnica do levantamento acarológico.
Em locais onde é confirmada a presença do Amblyomma sculptum, são colocadas placas informativas para alertar a população sobre os cuidados e riscos da doença, além de indicar as unidades de saúde que devem ser procuradas.
A Prefeitura ainda destacou que realiza a aplicação de carrapaticida e a manutenção das gramíneas e outras espécies de capins com roçagem mecanizada nos parques da cidade.
CASOS
Este ano, Limeira registrou 14 casos suspeitos, dos quais oito foram descartados e cinco estão aguardando resultado. Um adolescente de 17 anos, que faleceu em março, teve a morte confirmada em maio como resultado da doença.
Em 2022, foram notificados 42 casos suspeitos de febre maculosa, dos quais três foram confirmados e evoluíram para óbito.
Ações educativas
A Prefeitura também informou que a Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura está realizando ações educativas em escolas e outros espaços, por meio de palestras, distribuição de folhetos e cartazes. Além disso, essas campanhas educativas estão sendo divulgadas em mídias sociais, e material informativo está sendo encaminhado para as unidades de saúde do município, juntamente com orientações aos médicos que atendem pacientes com sintomas relacionados à doença.
A rede pública e privada de saúde estão orientadas e preparadas para oferecer o suporte necessário aos pacientes.