Os primeiros quatro meses de 2023 foram os mais chuvosos da série histórica de Limeira desde 2013, quando a BRK, concessionária responsável pelos serviços de água e esgoto do município, passou a fazer o acompanhamento dos índices pluviométricos. No comparativo com o ano de 2022, foram 43,6% a mais de chuvas. Se comparado a 2021, o volume acumulado impressiona ainda mais e chega a ser 72,2% superior. A partir de junho, contudo, se inicia o período de estiagem, com raras ocorrências de chuvas ou mesmo sem qualquer precipitação, o que exige atenção da companhia e uso consciente da água por parte da população.
O acompanhamento pluviométrico mensal realizado pela BRK tem como objetivo analisar e, quando necessário, tomar medidas preventivas em relação ao abastecimento de água do município. Somente nos primeiros quatro meses de 2023 choveu em Limeira o equivalente a 880 milímetros, com a maior parte deste total se concentrando nos meses de janeiro (383mm) e fevereiro (247mm).
O resultado apurado em 2023 foi o melhor início de ano desde que se começou a registrar o volume de chuvas, superando inclusive a marca de 2016, com 823mm, que era até então a mais expressiva. Em 2022, no período mais chuvoso do ano, Limeira acumulou 613mm de água de chuvas, enquanto em 2021 esse número não passou dos 511mm.
Para se ter uma ideia mais precisa do que esses números representam, cada milímetro equivale a um litro de água distribuído em um perímetro de um metro quadrado.
“Com o término do período chuvoso, seguimos nosso acompanhamento constante das condições dos nossos mananciais para ver como se comportarão na etapa mais crítica do ano, que é justamente quando as chuvas se tornam mais escassas. O período de estiagem nos leva a uma vigilância ainda maior sobre as condições das águas e a respeito do tratamento que precisamos dedicar a elas para manter os altos padrões de qualidade”, afirma Daniel Makino, gerente de apoio operacional da BRK em Limeira.
Na cidade são dois os equipamentos para aferição do volume de chuvas: um deles localizado na Estação de Tratamento de Água (ETA) e outro na captação do rio Jaguari.
Atenção redobrada no período de estiagem
O período entre junho e outubro é definido pela Defesa Civil de São Paulo como de estiagem, ou seja, são aqueles meses em que há redução, atraso ou mesmo ausência total de chuvas em todo o Estado. Como a água é um bem essencial para a vida, o uso consciente é uma recomendação indicada não apenas para amenizar os efeitos da falta de chuvas nos cinco meses que vêm pela frente, mas como uma prática constante e uma mudança de hábitos.
Além disso, há outras recomendações para atravessar o período sem grandes problemas. Entre elas, reduzir o consumo de energia elétrica, uma vez que a principal matriz energética do país ainda é a hidrelétrica, e evitar acender fogueiras ou realizar qualquer tipo de queimada, já que nesta época aumentam também as ocorrências de incêndios, que pioram a qualidade do ar e, consequentemente, propiciam o aumento de casos de doenças respiratórias.