Neste sábado (20), a Polícia Militar (PM) foi acionada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Abílio Pedro após um menino, de 10 anos, relatar ter sido abusado por um adolescente, de 15 anos, da própria família.
No local, a polícia fez contato com o médico responsável pelo atendimento, que informou que o paciente estava acompanhado da mãe e seria vítima de abuso. Segundo a mãe, no dia anterior, percebeu comportamento estranho no filho, como ereções frequentes, e, ao questioná-lo, a criança relatou que estava fazendo “aquelas coisas que não pode” com o adolescente de 15 anos, sobrinho dele e neto dela.
Em diálogo com a equipe, a criança relatou episódios nos quais era obrigada a praticar atos de abuso sexual pelo autor, afirmando ainda que, se não atendesse aos pedidos dele, acabava sendo agredida fisicamente.
No local, durante o atendimento preliminar, não foram constatadas lesões, fissuras ou sangramentos aparentes, mas o médico ressaltou que não era legista
Diante da gravidade dos fatos, o Conselho Tutelar foi acionado, e uma conselheira passou a acompanhar a ocorrência. Com apoio do Comando de Grupo Patrulha, a vítima e sua mãe foram conduzidas à Santa Casa de Limeira, onde exames de protocolo foram realizados.
A ocorrência foi registrada na Delegacia Seccional de Limeira, e o delegado determinou a expedição de ofício requisitando exames no IML, a serem realizados por médico legista. Durante a apresentação da ocorrência, o adolescente de 15 anos, acompanhado da mãe, compareceu voluntariamente à delegacia. Após a oitiva de todos os envolvidos, foi registrado um Boletim de Ocorrência por ato infracional equivalente ao crime de Estupro de Vulnerável, e as partes foram liberadas.
A mãe da vítima informou que o filho apresenta atraso cognitivo leve, sem diagnóstico formal e realiza acompanhamento psicológico.
