A Divisão de Controle de Zoonoses da Prefeitura de Limeira divulgou nesta segunda-feira (22), uma nova Avaliação de Densidade Larvária (ADL) para o Aedes aegypti, referente ao mês de janeiro. O Índice de Infestação Predial apurado no período foi de 1,6 – o que revela situação de “alerta” em relação à presença de criadouros do mosquito da Dengue na cidade.
Esse quadro apresenta uma pequena queda no comparativo com o índice apurado em janeiro de 2020, que ficou em 1,7, ou seja, igualmente de “alerta”. Conforme os parâmetros do Ministério da Saúde, índice inferior a 1 indica condição “satisfatória”; de 1 a 3,9, configura quadro de “alerta”; e superior a 3,9, sugere “risco”.
Em janeiro, o Rápido no Ar publicou uma matéria que apontava o aumento de 38,6% dos casos confirmados em 2020, quando relacionados ao ano anterior. Os dados da reportagem alertam para uma grande possibilidade de epidemia da doença para 2021, caso não haja cuidado com a proliferação do mosquito.
ESTUDO
Para o estudo realizado pelo Zoonoses, os agentes da prefeitura vistoriaram 4.602 imóveis. Das oito áreas em que o município foi dividido para o levantamento, apenas as regiões 5 (Jd. Aeroporto) e 6 (Abílio Pedro) apresentaram situação “satisfatória”, todas as outras ficaram dentro do índice de “alerta”. A área 3, que abrange bairros como Alto dos Laranjais, Anhanguera, Olga Veroni, Novo Horizonte, Vista Alegre, Parque dos Sabiás e Jd. Independência, é a que concentra a maior infestação, com índice 3,36.
Nos imóveis pesquisados, foram encontrados 856 recipientes (criadouros). Desse total, 701 estavam com água, o equivalente a 82%. Dentre os recipientes com água, 78 (ou 11,12%) continham larvas do Aedes aegypti, que além da dengue, é o transmissor da zika e da chikungunya.
A chefe da Divisão de Controle de Zoonoses, Pedrina Aparecida Rodrigues Costa, destaca a variedade de criadouros nas residências. Dos 40 criadouros catalogados, foram identificados 27 tipos, sendo que os mais frequentes são as latas/frascos inservíveis (com 122 ocorrências), baldes/regadores (com 95 ocorrências), garrafas retornáveis (com 77 ocorrências) e pneus (com 75 achados).
CUIDADOS
No que diz respeito à positividade para o Aedes, os vasos de plantas aquáticas estão no topo do ranking: dos 29 vasos identificados, 18 estavam com larvas do mosquito. “As plantas nunca devem ficar em recipientes com água, elas devem ser plantadas diretamente na terra. Se as plantas estiverem em algum vaso, ele deve ser furado e o prato, retirado”, comentou.
Pedrina observa que apesar da quantidade de recipientes com criadouros, 55,1% eram móveis e poderiam estar guardados em local seco, como garrafas retornáveis, baldes e regadores, evitando a proliferação do mosquito. E ainda, 26,2% eram passíveis de ser descartados, como entulho, frascos inservíveis, entre outros.
Desde o início do ano, o município registrou 290 notificações de dengue. Desse total, nove foram confirmadas e 81, descartadas.
Outros 200 casos estão em aberto. O atual cenário da dengue e o resultado da ADL preocupam a chefe da Divisão, que enfatizou a importância da colaboração da população na eliminação dos criadouros. “Todo munícipe deve vistoriar seu imóvel pelo menos uma vez por semana, a fim de eliminar todos os criadouros. Além disso, materiais ou objetos que não são usados pelo morador devem ser descartados”, frisou Pedrina. Ela pediu, ainda, que materiais ou utensílios em uso, como baldes, fiquem secos e ao abrigo da chuva.
Denúncias de imóveis com criadouros devem ser encaminhadas à prefeitura pela plataforma 156.