Em sentença publicada nesta terça-feira (2), um investigador da Polícia Civil, denunciado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) a partir de prisão em flagrante realizada quando da deflagração da Operação Tacitus, foi condenado a 11 anos e 3 meses de prisão, em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
A sentença prolatada pelo juízo da 1ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital, determinou ainda que o policial civil deverá pagar indenização de R$ 724.874,68 a título de dano moral coletivo. O policial civil já se encontrava preso preventivamente e não poderá recorrer em liberdade. A sentença determinou ainda a perda da função pública.
Segundo o apurado, na função de chefe dos investigadores do Corpo Especial de Repressão ao Crime Organizado (CERCO) da 5ª Delegacia Seccional de São Paulo, o policial solicitava e recebia vantagens indevidas de estabelecimentos que exploravam prostituição, jogo de azar, bem como de desmanches, deixando de agir ou retardando atos de ofício.
O esquema criminoso era conhecido como “recolhe” ou “recolha”, e envolvia o pagamento de propinas regulares por parte de tais estabelecimentos situados na zona leste de São Paulo. Na oportunidade, o policial civil dissimulou a origem ilícita de valores expressivos ocultando embaixo de uma cama em seu apartamento de luxo, no bairro do Tatuapé, mais de R$ 700.000,00 em espécie.
Ainda de acordo com as investigações, o réu promovia a organização criminosa PCC, íntimo contato com Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, morto em 8 de novembro de 2024 durante uma emboscada no Aeroporto Internacional de Guarulhos.




