A equipe do Rápido No Ar entrevistou, com exclusividade, nesta terça-feira (10), em Limeira (SP), a mulher de 24 anos que passou uma noite na carceragem do Plantão Policial, após ser presa em flagrante por crime de injúria racial onde a vítima, que é uma menina de 6 anos, de acordo com os pais, foi chamada de macaca por ela que é vizinha.
A acusada, que vai aguardar a decisão da Justiça em liberdade, aceitou conversar desde que não fosse mostrado seu rosto. Ela negou que tivesse ofendido a menina, por conta de sua cor, e declarou que teve uma briga com os pais dela pouco antes de sua prisão. As duas moravam no mesmo terreno.
“Já tem um tempo que a mulher começou a implicar comigo por causa das roupas que eu uso. Parece que ela tem muito ciúme do marido, tipo obsessão mesmo”, relatou a acusada referindo-se à mãe da menina.
“Então, ela fez de tudo para arranjar intriga comigo e não dei muita bola. Ontem (terça-feira), quando voltei para casa, fiquei três horas numa loja de celular para resolver um problema, e quando entrei em casa ela estava no quintal. Só ouvi quando ela perguntou: por que você olhou para minha cara e não falou nada, sua abusada? Não dei bola e entrei em casa”, declarou.
“Quando eu já estava dentro de casa escutei ela falando bem alto, para todo mundo ouvir, que sou uma vadia, p…., me prostituía, e partimos para uma discussão feia. Neste momento, o marido dela entrou no meio e começou a dizer que ia me bater – e me chamou para a briga. Nisso, meu filho saiu e, para deixar a situação de lado, entrei com ele em casa”, acrescentou.
Na sequência, segundo a jovem, ela ouviu seus irmãos questionando o marido da vizinha se ele não era homem e ia chamar a irmã deles para brigar. “Quando meus irmãos me falaram para deixar ele falando sozinho, entrei e ouvi ele gritando: o quê? você está chamando minha filha de macaca, e eu também? Vou chamar a polícia”.
A jovem disse que durante a briga, seu filho quis brincar com a menina, mas ela não deixou por causa da discussão. “Foi quando ele (vizinho), se aproveitando da situação, falou que xinguei a menina, chamou a polícia e fui detida”, disse.
A jovem afirma que não ofendeu a criança. “Nunca tratei ninguém desse jeito”, concluiu. Agora, ela aguarda a decisão da Justiça.