Há dois anos, a astronauta da Nasa, Jeanette Epps estava programada para voar até a órbita terrestre a bordo da nave russa Soyuz e se tornar então, a primeira mulher negra a servir como membro a equipe da ISS (Estação Espacial Internacional).
No último minuto, Epps foi retirada da missão 56 pela Nasa e substituída por Serena Auñon-Chancellor sem ter explicações.
Após anos de especulação sobre a motivação da retirada repentina de Epps da missão, a Nasa finalmente deu uma nova designação para a astronauta nesta terça-feira (25). Ela se unirá aos astronautas Sunita Williams e Josh Cassada em uma missão em 2021 a bordo da nave Starliner, veículo construído pela Boeing, que está em desenvolvimento para o programa de equipes comerciais da Nasa. A starliner deverá realizar um teste de voo orbital não tripulado pois havia apresentado defeitos no software em seu primeiro voo no ano passado.
Quando questionada se ela atribuía a decisão na missão 56 ao machismo ou racismo, Epps respondeu: “Não há tempo para realmente se preocupar com machismo ou racismo e coisas do tipo porque temos que entregar. E se elas surgem, então você está prejudicando a missão… Se é ou não um fator, não posso especular especificamente o que as pessoas estão pensando”.
Apesar de meia dúzia de norte-americanos negros terem viajado ao espaço desde que Guion Bluford se tornou o primeiro em 1983, nenhum teve a oportunidade de morar e trabalhar no espaço por um período estendido, como a ISS permitiu a mais de 200 astronautas desde 2000.