A Justiça de São Paulo determinou a conversão do flagrante de uma mulher de 37 anos, conhecida como “Japa do PCC”, em prisão preventiva. Ela foi detida no último dia 8, acusada de envolvimento em operações de lavagem de dinheiro para membros da facção na região da Baixada Santista.
A mulher é viúva de Wagner Ferreira da Silva, o “Cabelo Duro”, narcotraficante que foi executado em fevereiro de 2018 no bairro do Tatuapé, Zona Leste de São Paulo. A prisão ocorreu em seu apartamento no Jardim Anália Franco, Tatuapé, onde foram apreendidos R$ 1 milhão e US$ 50 mil. Durante o interrogatório, ela defendeu a licitude do dinheiro, alegando que este seria proveniente da abertura e venda de estabelecimentos comerciais.
Na audiência de custódia, o juiz Fábio Pando de Matos destacou a incompatibilidade entre as finanças da mulher e os valores encontrados em sua residência. O magistrado apontou que, após a morte de Cabelo Duro, Japa teria assumido as atividades ilícitas do marido, aumentando significativamente seu patrimônio e mantendo relações estreitas com a o crime organizado.
Cabelo Duro foi morto uma semana depois de liderar, em Fortaleza, Ceará, o assassinato de Rogério Jeremias de Simone, conhecido como Gegê do Mangue, e Fabiano Alves de Souza, o Paca, ambos líderes da facção paulista.
Diante das alegações da mulher sobre desconhecimento das atividades ilícitas do marido e negação de qualquer envolvimento com membros da organização criminosa, a Polícia Civil segue investigando o caso.