O dólar virou e registrou mínima ante o real na manhã desta sexta-feira, 26. A moeda americana chegou a operar em alta moderada nos primeiros negócios, se ajustando à valorização generalizada da divisa dos EUA no exterior. Porém, passou a recuar com a reação dos agentes financeiros a pesquisas eleitorais particulares, que mostram o candidato Jair Bolsonaro (PSL) bem à frente do adversário Fernando Haddad (PT), contrariando o resultado da pesquisa Datafolha.
A Datafolha mostrou na noite desta quinta-feira, 25, uma queda na vantagem do candidato do PSL em relação ao adversário do PT de 18 para 12 pontos. As intenções de voto em Bolsonaro caíram de 59% para 56% e, em Haddad, subiram de 41% para 44%. Também houve aumento da rejeição ao candidato de direita: a rejeição ao petista oscilou de 54% para 52% e ao capitão reformado passou de 41% para 44%.
No mercado internacional, os Estados Unidos divulgaram que o PIB do país cresceu à taxa anualizada de 3,5% no 3º trimestre (1ª estimativa), acima da projeção +3,4%. O dado ajuda a sustentar o fortalecimento do dólar.
Mais cedo, pesaram ainda a desvalorização do yuan da China ao menor nível em mais de uma década, desde 2008, em relação ao dólar nesta sexta-feira, e comentários “hawkish” da presidente da distrital de Cleveland do Federal Reserve (Fed), Loretta Mester.
A dirigente comentou na noite de quinta-feira que a política monetária do Fed ainda é acomodatícia e disse que é preciso elevar os juros até o território neutro.
Às 9h29 desta sexta-feira, o dólar à vista recuava 0,04%, a R$ 3,7018. O dólar futuro de novembro cedia 0,13%, a R$ 3,7020.