Fim de Série D para a Internacional. O Leão perdeu pela segunda vez consecutiva para o Barra e caiu nas semifinais do Campeonato Brasileiro.
Com o acesso garantido para a Série C, a Inter buscava uma final inédita nesta divisão. Mas encontrou um time mais arrumado e com mais vontade, que venceu em Itajaí por 2 a 0, na ida e por 3 a 2, no Limeirão, na volta.

O adversário do Pescador na final será o Santa Cruz, que venceu o Maranhão por 1 a 0, fora de casa e empatou sem gols na Arena Pernambuco.
Vendo uma queda brusca de produção nos últimos jogos, o técnico Ademir Fesan decidiu mudar o time. Com o retorno de Breno Santos, recuperado de lesão, na ala-direita e com o zagueiro Lucas Santos suspenso, o treinador aproveitou para barrar Clebinho, Claudinho, Antônio Gabriel e Lucas Douglas.
Ganharam uma oportunidade nesse jogo decisivo os reservas Adriel, Kadu, Galván e Matheus Guimarães.
Na arquibancada o reflexo do futebol apresentado nos últimos jogos e principalmente do placar do jogo de ida: só 2.500 torcedores. Isso porque se tratava de uma semifinal de um campeonato nacional.
O árbitro Paulo Roberto Alves Jr enervou os leoninos no começo do jogo. Com menos de três minutos, Breno Santos e Miguel Bianconi já estavam amarelados.
O Barra exagerava na cera. Parecia não querer jogar. A Inter criava pouco. A bola quase não chegava no Senhor Limeirão.
O tempo ia passando e o primeiro gol não saía de jeito nenhum. Albert e Kadu tentaram de fora da área, porém sem sucesso.
O Barra gastava o tempo. A vantagem de dois gols no jogo de ida facilitava seu jogo.
O goleiro visitante trabalhou uma única vez nos 45 minutos iniciais. Foi quando defendeu em seu canto esquerdo um chute fraco de Kadu aos 38 minutos.
O segundo tempo foi eletrizante. Fesan voltou com Claudinho no lugar de Frazan, abrindo a defesa. O grande problema da Inter foi sofrer o gol com menos de um minuto. Na bobeada de Kadu, o meia precisou cometer o pênalti em Renan Bernabé. O camisa 9 deslocou o goleiro Saulo para marcar seu oitavo gol na competição: 1 a 0.
A Inter precisou de nove minutos para empatar. Kadu recebeu na esquerda e cruzou para a área. A defesa do Barra afastou e Claudinho ficou com o rebote. O meia dominou na meia lua da grande área e acertou um chute certeiro no canto direito de Ewerton: 1 a 1.
O gol deu esperanças aos torcedores. A Inter cresceu no jogo e passou a perder uma chance atrás da outra. A bola de Miguel Bianconi insistia em não entrar, aumentando seu jejum.
Aos 29 minutos, quando a Inter estava próxima da virada, Cléo Silva assistiu Saymon no lado direito da área. O atacante deu um corte seco em Adriel e marcou um golaço para o Barra: 2 a 1.
Naquela altura o torcedor leonino literalmente “jogou a toalha”.
Mesmo assim, o Leão não se entregava. Aos 32 minutos, Galván exigiu uma boa defesa de Ewerton em uma cobrança de falta pela meia-direita.
Já aos 34, no escanteio cobrado por Claudinho pela direita, o centroavante Pedro cabeceou no alto, sem chances para Ewerton: 2 a 2.
Mas restavam pouco mais de dez minutos para o fim. A Inter foi com tudo para o ataque e desta forma, ficou exposta na defesa.
Nos acréscimos, Rafinha recebeu de Saymon na área e executou Saulo: 3 a 2, placar final. Festa dos poucos torcedores do Barra que encararam a longa viagem de Santa Catarina para cá.
Agora, a Inter vai se preparar para a Série A-2 do ano que vem. O primeiro passo é definir a permanência ou não de Ademir Fesan.
Internacional 2 x 3 Barra
Gols – Renan Bernabé, de pênalti, a 2, Saymon aos 29 e Rafinha aos 49 minutos do segundo tempo (BA); Claudinho aos 10 e Pedro aos 34 minutos do segundo tempo (IN)
Local – Limeirão
Árbitro – Paulo Roberto Alves Jr
Público – 2.524
Renda – R$ 31.655,00
Internacional – Saulo; Breno Santos, Frazan (Claudinho), Adriel e Kaio Cristian; Albert, Kadu (Antônio Gabriel), Wallace (Pedro) e Galván (Lucas Gadelha); Matheus Guimarães (Vinícius Leite) e Miguel Bianconi. Técnico – Ademir Fesan
Barra – Ewerton; Kayque (Marcelo), Jean Pierre, Vavá (Guilherme Teixeira) e Da Rocha; Natan, Tetê e Elvinho (Saymon); Cléo Silva (Rafinha), Renan Bernabé (Henrique) e Vitinho (Giovani). Técnico – Eduardo Souza.




