Demorou, mas finalmente a Internacional se manifestou publicamente sobre os inúmeros erros que vem sendo cometidos pela arbitragem contra ela no atual Paulistão.
O Conselho Deliberativo veio a público expressar sua preocupação com as recorrentes “decisões dúbias da arbitragem”, que têm comprometido a isonomia da competição.
A nota diz que lances capitais, como pênaltis claros estão sendo interpretados e revisados de forma errônea. Citou a não marcação da penalidade máxima em cima de Ronie Carrillo na derrota para o Velo Clube por 2 a 1, no Benitão. E realmente foi. João Vitor Gobi não marcou e nem foi chamado pelo VAR.
Contra a Portuguesa, no Pacaembu, a Inter reclama de um pênalti não marcado quando a partida ainda estava 0 a 0. Um toque claro na mão do zagueiro lusitano. Na sequência desse lance, Jajá sofreu pênalti de Iba Ly e abriu o placar para a Lusa.
Contra o Água Santa, no meio de semana, a Inter reclama do pênalti marcado para o time da casa aos 44 minutos do 2º tempo. “Não é possível sequer diagnosticar se o toque de Ronie Carrillo em Netinho existiu”. O árbitro FIFA, Flávio Rodrigues de Souza marcou o pênalti e ficou justificando como se tivesse havido um “rapa” do equatoriano. Sequer o VAR Thiago Duarte Peixoto o chamou para a revisão.
“Isso demonstra um estranho rigor parcial, evidenciando a falta de um critério uniforme”, diz a nota.
A Inter também se manifesta sobre os impedimentos marcados. “Observamos o uso aparentemente incorreto da ferramenta VAR, com impedimentos sendo marcados baseados em imagens visivelmente inconclusivas”, afirma.
Dois exemplos foram citados. O gol anulado de Alex Sandro na estreia do Paulistão contra o Guarani, no Limeirão. A partida terminou empatada sem gols.
Contra o Água Santa, a Inter também reclama do gol de Ronie Carrillo aos 49 minutos do 2º tempo. O equatoriano está com o pé sobre a linha do meio de campo no início da jogada. O VAR entendeu que o tronco do centroavante estava à frente, já no campo ofensivo.
Outra reclamação da Inter que também não caberia nesta nota, é a expulsão do zagueiro Roberto Rosa contra a Portuguesa. O jogador claramente acerta uma cotovelada no adversário e é corretamente expulso com a ajuda do VAR. O árbitro Renan Pantoja de Quequi só tinha mostrado o amarelo na jogada.
“Diante da relevância da competição e da necessidade de um ambiente justo para todos os clubes, reforçamos nosso apelo por uma arbitragem mais criteriosa e pelo uso adequado da tecnologia, garantindo a lisura do torneio”, frisa a nota.
“Cientes da situação do clube dentro do certame, demonstramos nossa insatisfação e seguimos firmes em nosso compromisso com a ética esportiva contribuindo para a melhoria constante do futebol paulista”, conclui.