A derrota para o Velo Clube por 2 a 1, domingo no Benitão, em Rio Claro, em confronto direto pela 10ª rodada do Paulistão, aproximou ainda mais a Internacional da Série A-2.
A chance de rebaixamento beira os 95%. Restam apenas mais dois jogos para o fim desta fase e só um milagre salva o Leão da degola. Ganhando do Água Santa, quarta-feira às 18h30, em Diadema e do Santos, de Neymar, domingo às 18h30, no Limeirão, a chance de permanência na divisão é muito grande.
A Inter já pode ser rebaixada no meio de semana. Se perder para o Netuno, a equipe limeirense estaria de volta a Série A-2. Isso porque, ficaria com seis pontos, sem vitória e só teria mais um jogo pela frente. O Água Santa iria para nove, mas com duas vitórias. O Velo Clube já tem nove e também duas vitórias.
Um empate em Diadema até manteria a Inter viva com sete pontos, desde que Velo Clube (9) e Noroeste (7) percam para Guarani, em Campinas e Santos, na Vila Belmiro, respectivamente.
Se vencer, a Inter chegaria a nove pontos e uma vitória. Sendo assim, disputaria a permanência na divisão na última rodada. Os confrontos dos rivais são: Velo x Água Santa e Noroeste x Portuguesa.
A Internacional completou 12 jogos sem vitória, dois pela Série D e dez pelo Paulistão. São sete empates e cinco derrotas. No Estadual são seis empates e quatro derrotas. Uma campanha desastrosa.
A chegada de Márcio Fernandes não surtiu o efeito desejado. Em dois jogos, perdeu ambos.
A verdade é uma só: Fernandes pensou uma coisa e a realidade foi outra em Rio Claro. O treinador mexeu demais na equipe. Como diria o meu vizinho: “bagunçou o coreto”.
Sacou do time titular JP Galvão, Carlão, Leocovick, Bernardo, Rhuan e Alex Sandro. Colocou Roberto Rosa, Lucas Buchecha, Ramon Carvalho, Ronie Carrillo e Ruan Ribeiro. Escalou os zagueiros Eduardo Porto e Alysson Dutra como laterais. Usou dois centroavantes.
O Velo precisou de 44 segundos para abrir o placar. Léo Campos recebeu na esquerda, se livrou facilmente de Ruan Ribeiro e cruzou para a área. Silas emendou de primeira e Igo Gabriel soltou. O artilheiro Daniel Amorim só empurrou para as redes para marcar seu sexto gol no Paulistão.
A Inter não conseguia criar boas chances. Os arremates quase sempre eram fracos ou sem direção. Mas foi assim o campeonato todo. Já o Velo gastava o tempo e aproveitava para explorar os contra-ataques com os rápidos Jefferson Nem e Silas.
Só que o time da casa sofreu uma baixa importante aos 34 minutos. Daniel Amorim recebeu a chamada “paulistinha” do volante Marlon e precisou ser substituído por Lucas Duni, ex-Estoril do Campeonato Amador de Limeira.
Aos 35 minutos, após escanteio cobrado por Léo Campos pela direita, Roberto Rosa desviou na primeira trave e a bola bateu na perna de Eduardo Porto, sobrando livre para Silas. O camisa 10 encheu o pé da entrada da área, no cantinho direito de Igo Gabriel: 2 a 0.
Aos 42, o volante Léo Campos avançou pela meia-esquerda e bateu forte para uma importante defesa de Igo Gabriel. A torcida velista estava em extase nas arquibancadas.
A Inter conseguiu marcar o gol de honra nos acréscimos. Bom passe de Ramon Carvalho para Eduardo Porto na direita. O zagueiro foi em direção a área e cruzou na medida para o sem pulo de Ronie Carrillo: 2 a 1. Foi o primeiro gol do equatoriano com a camisa leonina e o primeiro gol de um jogador do Equador pelo Leão.
A Inter poderia ter ido para o intervalo com a igualdade no placar. Mas o árbitro João Vitor Gobi e o VAR não viram o pênalti claro do lateral Yuri Ferraz em Ronie Carrillo em uma bola levantada para a área aos 51 minutos. O equatoriano foi empurrado na área. O que a Inter foi prejudicada pela arbitragem neste Paulistão é uma enormidade.
Para o segundo tempo, Márcio Fernandes voltou com três alterações. Sacou os zagueiros Gui Mariano e Alysson Dutra e o volante Marlon para as entradas de JP Galvão, Juan Tavares e Rhuan. Ou seja, a Inter voltou a ter laterais de origem.
Só que no começo da etapa complementar, o zagueiro Roberto Rosa se lesionou e precisou sair. Carlão entrou em seu lugar.
A Inter melhorou muito seu posicionamento em campo, mas continuava sem levar perigo ao gol de Pablo. Teve um cruzamento fechado de Lucas Buchecha que o goleiro precisou desviar para escanteio. Só isso.
A Inter rondava a área do Velo, mas não criava. Era o chamado “falso domínio”. Já o Velo tinha os contra-ataques à disposição, mas também não “matava o jogo”.
O Leão passou a “chuveirar” na área velista nos minutos finais, mas a defesa do time da casa levava sempre a melhor. No apito final, a torcida do Velo parecia que tinha conquistado o Mundial de Clubes.
Velo Clube 2 x 1 Internacional
Gols – Daniel Amorim aos 44 segundos e Sillas aos 35 minutos do 1º tempo (VEL); Ronie Carrillo aos 49 minutos do 1º tempo (IN).
Local – Estádio Benitão, em Rio Claro.
Árbitro – João Vitor Gobi.
Público e Renda – não divulgados
Velo Clube – Pablo; Yuri Ferraz, Rafael Ribeiro, Gabriel Mancha e Léo Campos (Renan Siqueira); Marcelo Augusto, Pedro Favela, Léo Baiano (Carlos Manuel) e Sillas (Vinícius Leite); Jefferson Nem (Felipinho) e Daniel Amorim (Lucas Duni). Técnico – Guilherme Alves.
Internacional – Igo Gabriel; Eduardo Porto, Gui Mariano (Juan Tavares), Roberto Rosa (Carlão) e Alysson Dutra (JP Galvão); Marlon (Rhuan), Lucas Buchecha (Iba Ly), Ramon Carvalho e Albano; Ruan Ribeiro e Ronie Carrillo. Técnico – Márcio Fernandes.
Ocorrências – cartões amarelos para Yuri Ferraz (Velo); Carlão, Juan Tavares e Alysson Dutra (Inter).