Uma câmera de segurança da Vale registrou o exato momento em que a Barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão se rompeu na última sexta-feira (25) e o mar de lama veio destruindo tudo que encontrou pela frente.
As imagens impressionam pela força e rapidez que tudo aconteceu. Após oito dias de buscas, foram localizados 110 mortos, dos quais 71 foram identificadas por exames realizados pela Polícia Civil.
Além disso, 238 pessoas permanecem desaparecidas e seis pessoas foram hospitalizadas. Das pessoas resgatadas, 108 estão desabrigadas.
Assista:
O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais informou hoje (1º) que não há como prever uma data de encerramento das buscas por vítimas na região de Brumadinho (MG), onde a barragem da Mina Córrego do Feijão, da mineradora Vale, se rompeu, no dia 25 de janeiro.
“A gente ainda tem que fazer um planejamento, de vários dias. A perspectiva é que, ao longo do tempo, com a lama se estabilizando, a gente vá mudando as técnicas operacionais e, a partir daí, a gente tenha um panorama. Hoje, é impossível cravar uma data final das operações. Infelizmente, não”, afirmou em coletiva de imprensa o chefe da equipe, coronel Erlon Dias do Nascimento Botelho.
De acordo com o porta-voz da corporação, tenente Pedro Aihara, as equipes dividiram a área vasculhada em 45 quadrantes para facilitar a distribuição de tarefas. O militar explicou que têm chegado às mãos da organização vídeos que não têm relação com o desastre mas que são divulgados como se registrassem resgates de vítimas da ocorrência, o que tem atrapalhado a orientação dos trabalhos.
“Muitos vídeos veiculados são fake news, notícia falsa. Episódios que aconteceram em outros países e situações de salvamento que também são veiculados de maneira maliciosa. Isso acaba se tornando uma grande crueldade com os familiares das vítimas, gerando uma expectativa, uma angústia maior ainda”, disse.
HOMENAGENS
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Agentes que trabalham nas buscas em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, fizeram hoje por volta das 12h40 uma cerimônia de homenagem às vítimas e famílias atingidas pelo rompimento da barragem de rejeito da Mina Córrego do Feijão. A celebração religiosa durou 15 minutos, e a emoção tomou conta do ambiente.
O horário da cerimônia foi escolhido por ter sido o mesmo em que ocorreu o desastre há uma semana. Tanto é que naquele momento havia muitos empregados almoçando no refeitório, local onde já foram encontrados vários corpos, segundo informações oficiais.
Pétalas de rosas foram jogadas por helicópteros que sobrevoaram a área. Muitas pessoas foram ao quartel do Corpo de Bombeiros doar flores para que as pétalas fossem usadas na homenagem. Outras optaram por deixar buquês nas áreas próximas ao desastre e na Central de Informações.
No momento em que ocorreu a tragédia, houve cânticos religiosos, orações e leitura da Bíblia. No encerramento da celebração religiosa, 10 helicópteros sobrevoaram a área da tragédia, jogando pétalas de rosas. No local foi afixada uma cruz, onde foram hasteadas as Bandeiras do Brasil e de Minas Gerais.