Um temporal derrubou árvores, arrastou carros e causou alagamentos em nove bairros de Campinas, no fim da noite de sábado, 18. Um homem morreu ao tentar ajudar uma família cujo carro era arrastado pela enxurrada, na região da Avenida Orozimbo Maia.
De acordo com a Defesa Civil, em pouco mais de uma hora choveu 118,5 milímetros na região central da cidade, um recorde histórico. Houve quedas de árvores, muros e ao menos 20 imóveis ficaram alagados. Uma casa ficou destelhada. O muro do Instituto Agronômico de Campinas (IAC) cedeu com a força da água.
O corretor de imóveis Eduardo Gomes da Silva, de 36 anos, participava de um culto na igreja evangélica Assembleia de Deus, na Rua Rafael Sampaio, quando viu o carro de uma família preso na enxurrada. Ele tentou resgatar os ocupantes do veículo, quando foi arrastado pela força da água. O homem ficou preso sob um ônibus e só foi retirado dez minutos depois. Ele ainda foi levado ao Hospital Renascença, mas não resistiu. O corpo de Silva foi sepultado neste domingo, 19, no Cemitério dos Amarais, em Campinas.
O temporal fez transbordar o Rio Quilombo, no Jardim Campineiro, e até a madrugada deste domingo várias casas estavam tomadas pela água. Parte dos moradores não conseguiu retirar móveis e pertences, que foram atingidos pelo alagamento. As famílias buscaram abrigo em casas de parentes.
No Hospital Doutor Mário Gatti e no Pronto-Atendimento Anchieta a chuva torrencial causou goteiras. Funcionários foram mobilizados para secar o chão. Um festival de cerveja com food trucks que era realizado Parque D. Pedro Shopping teve de ser suspenso em razão do temporal. A chuva com raios pôs em risco o sistema de geradores do evento.