Foi de 80 anos em regime inicial fechado a pena imposta ao açougueiro Clayton Almeida de Jesus, denunciado pelo Ministério Público de São Paulo, após ter matado a filha e a enteada em Guarulhos. As meninas tinham 3 e 8 anos quando o crime ocorreu, em 2019.
Segundo a denúncia oferecida pelos promotores Rodrigo Merli Antunes e Vania Caceres Stefanoni, o réu praticou os crimes como forma de vingança contra a companheira, mãe das garotas. De acordo com o apurado, na véspera dos fatos a mãe das garotas admitiu ao então companheiro ter mantido um relacionamento extraconjugal com um colega de trabalho. O réu fingiu perdoar a mulher, mas esperou que ela saísse para trabalhar no dia seguinte e asfixiou as meninas, fugindo em seguida.
Condenado no Plenário do Júri pelo duplo homicídio, Jesus teve pena majorada em virtude de três qualificadoras (motivo torpe, meio cruel e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas), duas agravantes (crime contra descendente e pela prevalência de relações domésticas) e mais a causa de aumento por ter vitimado menores de 14 anos.
O júri, realizado na última quarta-feira (4/8), teve atuação de Antunes e foi presidido pela juíza Renata Vergara Emmerich de Souza.
