Imagens que circulam nas redes sociais mostram um homem agredindo com socos e jogando água no rosto de mulheres transexuais na Zona Sul de São Paulo, na manhã desta quinta-feira (9). As vítimas são garotas de programa que trabalham na região da Saúde.
Uma delas teve um dente quebrado durante o ataque e procurou a polícia. As vítimas acusam o homem, que é morador do bairro, de transfobia.
Secretaria da Segurança Pública (SSP) informou que a Polícia Civil investiga o caso inicialmente como lesão corporal. De acordo com a nota divulgada pela assessoria de imprensa da pasta, a investigação analisará os vídeos em busca do agressor.
Além disso, a SSP pede para que as outras vítimas da agressão procurem a delegacia para denunciar o homem.
Em um dos vídeos, Priscyla Rodrigues, de 26 anos aparece correndo, gritando por ajuda e tentando fugir do homem. “Chama a polícia, amiga…”, diz ela.
Segundo Priscyla, as imagens foram gravadas por uma amiga dela, que também é garota de programa. O caso aconteceu na esquina da Alameda dos Quinimuras com a Avenida Irerê. Ela contou que decidiu postar o vídeo nas suas redes sociais para expor a transfobia que as garotas trans sofrem nas ruas.
O caso foi registrado, porém, somente como lesão corporal, no 27º Distrito Policial (DP), Campo Belo.
Priscyla e outras garotas que trabalham com sexo revelaram que não é a primeira vez que o morador agride uma trans. Em um áudio que também circula nas redes sociais, uma garota de programa conta que já foi agredida “verbalmente” pelo homem. E que possui vídeos que mostram ele agredindo suas colegas.
Por meio de nota, divulgada por sua assessoria de imprensa, a Secretaria da Segurança Pública informou que:
“O caso foi registrado como lesão corporal e é investigado pelo 27º DP (Campo Belo). As imagens apresentadas pela vítima são analisadas pela autoridade policial para auxiliar na identificação do suspeito. A Polícia Civil esclarece que o nome social da vítima consta no boletim de ocorrência. O documento de identidade apresentado por ela ainda está ativo com seu nome de batismo, por isso o mesmo também consta no BO. A autoridade policial está à disposição de novas vítimas para registro das ocorrências e responsabilização do autor das agressões.”