Indignação e revolta. São esses os maiores sentimentos, de momento, expressados por um guincheiro de Limeira (SP), estabelecido na Avenida Campinas, quase esquina com a Rua Guararapes, e que já teve todas as suas ferramentas furtadas por criminosos que, segundo ele, ficam escondidos no terreno que faz divisa com o seu, de propriedade da Prefeitura de Limeira, e que está totalmente tomado pelo mato alto e por lixos.
A gota d’água, segundo Rodolfo, que já ficou sem a máquina de solda, compressor, lixadeira, furadeira, etc, foi na madrugada deste sábado (22), quando terminaram de levar suas últimas ferramentas. Detalhe: ele ficou no local até perto das 4h da madrugada, para tentar flagrar. Vencido pelo cansaço, conforme relatou ao Rápido No Ar, foi dormir, e foi quando os marginais se aproveitaram para entrar e furtar o restante.
“Não adianta, porque a gente fala com um, com outro, e não tem solução. A gente vai dar partida no caminhão, não tem bateria e nem tem como arrumar. A gente vai trabalhar de que jeito?. Esse terreno ao lado é da prefeitura, que não cuida do que é deles. Toda semana vem alguém da prefeitura, aqui, atrás de dengue, mas a maior dengue está aqui do lado”, desabafa Rodolfo.
“Nos fundos do terreno, tem uma mina que é por onde os usuários de drogas sobem e entram aqui. Se a prefeitura não cuidar do que é deles, fica difícil cuidar do que é da gente. Eu gostaria que eles tomassem uma decisão para ajudar a gente, por que é pago imposto. O IPTU de um terreno desse (onde ele guarda os caminhões) é de quase R$ 300,00 por mês e a gente não tem segurança de nada”, diz.
Segundo Rodolfo, se a polícia for tentar prender os criminosos dentro do terreno da prefeitura, não terá como entrar. “Vai ter que dar a volta na Marginal, que é por onde eles entram”, declara o guincheiro. Rodolfo faz um apelo ao prefeito Murilo Félix: “Prefeito, ajuda a gente, dá uma assistência porque estamos abandonados”, acrescenta.
“A Prefeitura precisa abrir um portão neste terreno, para que a polícia possa entrar. Faz 15 anos que estou aqui e durante todo este tempo limpei esse terreno deles. Tenho como provar as vezes em que fiz a limpeza. Chega uma hora que a gente cansa, porque não é meu. Quando comecei a trabalhar aqui, vieram da prefeitura para tentar me tirar achando que eu tinha invadido a área, mas eu tenho contrato de locação. Mas, do que é deles não cuidam”.
No momento, Rodolfo não tem ferramentas para trabalhar. Da máquina de solda, segundo ele, foi paga a segunda parcela, pois são R$ 500,00/mês.