A Guarda Municipal de Jundiaí (SP) lamentou a morte do agente Isac Tavares Santos, assassinado pelo filho adotivo, um adolescente de 16 anos, na madrugada desta segunda-feira (20). Isac, que atuava na corporação desde 2012, na Divisão Florestal, foi encontrado morto junto com sua esposa, Solange Aparecida Gomes, de 50 anos, e a filha do casal, Letícia Gomes Santos, de 16 anos. Os corpos estavam na casa da família, na Vila Jaguara, em São Paulo (SP), já em processo de decomposição.
Segundo o boletim de ocorrência, o adolescente ligou para a Polícia Militar na noite de domingo (19), confessando ter matado seus familiares com a arma de fogo do pai. O jovem relatou que cometeu os crimes na sexta-feira (17) e passou o fim de semana com os corpos em casa. A pistola 9 mm usada no crime foi encontrada na mesa da sala, municiada e com um cartucho íntegro. Próximo ao corpo de Letícia havia uma cápsula deflagrada.
Na delegacia, o menor revelou que tinha desentendimentos recorrentes com seus pais adotivos. Na quinta-feira (16), durante uma discussão, os pais o teriam chamado de “vagabundo” e retirado seu celular, que ele precisava para uma apresentação escolar. O jovem então planejou as mortes, conforme o boletim de ocorrência. Ele furtou a arma do pai e testou antes de cometer os crimes. Quando o pai retornou com a filha da escola, o adolescente atirou contra ele. Letícia, ao ouvir o disparo, foi até o local e foi baleada no rosto.
Horas depois, a mãe chegou em casa. O jovem abriu o portão para ela, que encontrou o corpo do marido na cozinha. O rapaz então atirou nela pelas costas. No dia seguinte, ele ainda colocou uma faca no corpo da mãe.
Após os assassinatos, o adolescente seguiu sua rotina normal, indo à academia e fazendo compras. Ele relatou que matou os pais adotivos por raiva e a irmã por estar no local. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que a arma e o celular do menor foram apreendidos e a perícia acionada. O adolescente foi conduzido à delegacia e, posteriormente, à Fundação Casa. O caso foi registrado como ato infracional de homicídio (feminicídio), ato infracional de posse ou porte ilegal de arma de fogo, e ato infracional de vilipêndio a cadáver no 33° DP (Pirituba).