Com ares de comício eleitoral, a inauguração de uma unidade da rede catarinense de lojas de departamento Havan atraiu, nesse sábado (3), uma multidão ao Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA) de Brasília.
Comandada por Luciano Hang, um dos empresários que mais apoiaram a candidatura de Jair Bolsonaro à Presidência da República, a Havan inaugurou sua 117ª loja física prometendo investir, em 2019, R$ 500 milhões na construção de outras 20 novas unidades em quatro estados (SC, SP, PR e RS) e ampliar o Centro de Distribuição da rede, localizado em Barra Velha (SC).
Na capital federal, a curiosidade atraiu tanta gente que a Polícia Militar teve de deslocar viaturas para o local a fim de dar apoio ao controle do fluxo de veículos. Muitas das pessoas usavam camisetas com a imagem de Bolsonaro ou da Seleção Brasileira. Algumas chegaram a gritar palavras de ordem e a comemorar a eleição do capitão reformado, há apenas uma semana.
Estátua da Liberdade
A inauguração da primeira loja da rede no Distrito Federal foi precedida por uma polêmica envolvendo um dos símbolos pelo qual o Grupo Havan é conhecido: as réplicas da Estátua da Liberdade, instaladas diante de cada nova loja.
Na capital federal, no entanto, a Administração do Setor de Indústrias e Abastecimento e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) impediram a instalação da estátua que, somada à estrutura do empreendimento, chega a medir cerca de 35 metros de altura.
O impedimento se deve a um decreto distrital que limita em 12 metros as peças publicitárias. A norma é em respeito ao Plano Diretor de Publicidade, que orienta a instalação de meios de propaganda no SIA e em outras regiões administrativas do Distrito Federal. O grupo Havan está recorrendo da proibição.