A greve dos servidores públicos municipais de Limeira impactou o funcionamento de serviços essenciais nesta quinta-feira (27). Segundo a Prefeitura, sete unidades escolares e duas farmácias de Unidades Básicas de Saúde (UBS) estão com atendimento suspenso, apesar da decisão do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP) que determinou a manutenção de 70% dos funcionários em setores essenciais.
De acordo com a Secretaria de Educação, as escolas afetadas são: EMEIEF José Justino, EMEI Minerva, CI Márcia Helena Baldove, EMEIEF Frades Ângelo Biazotto, EMEIEF Raquel Franscechi, EMEIEF Luca Moore e EMEIEF Limeira. A paralisação prejudica tanto o andamento das atividades pedagógicas quanto o fornecimento de merenda escolar.
Na área da Saúde, o fechamento das farmácias nas UBSs dos bairros Morro Azul e Aeroporto comprometeu o atendimento. A orientação da Secretaria de Saúde é que os moradores busquem atendimento em unidades próximas — UBS Dores 1 e UBS Graminha, respectivamente.
A Prefeitura informou que adotará as medidas cabíveis diante do descumprimento da liminar expedida pela Justiça. A administração também reforçou que está aberta ao diálogo com o sindicato, desde que dentro dos limites da responsabilidade fiscal, legais e orçamentários.
Segundo nota oficial, o município afirma ter concedido um reajuste salarial de 5,06% — percentual correspondente ao índice de inflação (IPCA) dos últimos 12 meses — e implementado um vale-alimentação de R$ 200 para cerca de 1.110 servidores com salários acima de R$ 6 mil, antes não contemplados com o benefício. O impacto estimado da medida é de R$ 2,2 milhões neste ano.
Ainda de acordo com a gestão, mesmo com as limitações orçamentárias e apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP), as negociações seguem abertas por meio da Mesa Permanente de Negociação. A Prefeitura destaca que, com o reajuste proposto, os salários dos professores continuam acima do Piso Nacional do Magistério.