Na última semana, o Facebook viu mais de 400 marcas deixarem de pagar por anúncios na rede social. A publicidade de grandes nomes como Coca-Cola e Unilever devem desaparecer da rede social.
O movimento se trata da campanha “Stop Hate Profit”, que pressiona a empresa em suas políticas de remoção de conteúdo, bloqueando o discurso de ódio.
A campanha foi desenvolvida por grupos de direitos civis em 17 de junho, logo após a morte de George Floyd, num momento de acerto de contas contra o racismo nos Estados Unidos. Em muitos casos, o boicote passa a valer nesta quarta-feira (1).
Mesmo após grande pressão, as grandes empresas apontaram que os executivos da rede social negligenciavam ações contra o discurso de ódio e não apresentaram possíveis medidas eficientes para a prevenção da disseminação de comentários de cunho ofensivo.
O presidente-executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, tentou convencer anunciantes a evitar o boicote, se reunindo com organizadores nesta terça-feira (30), mas nada foi o suficiente e o movimento só ganhou força com marcas gigantes como: Adidas, Volkswagen, Honda e Pfizer.
Grupos como NAACP, Liga Anti-difamação e Color of change levaram 10 demandas ao Facebook, incluindo o reembolso às marcas que tiverem seus anúncios exibidos ao lado de conteúdo ofensivo.
Em pronunciamento por meio de um artigo escrito por Nick Clegg, vice-presidente de assuntos globais e comunicações do Facebook, é afirmado que eliminar por completo o conteúdo de ódio da plataforma é o mesmo que ‘encontrar agulha em um palheiro’, devido a quantidade exacerbada de conteúdos publicados na rede. “Tolerância zero não significa zero incidência. Claro, focar em discurso de ódio e outros tipos de conteúdos danosos é necessário, mas é valioso lembrar que a vasta maioria dos bilhões de conversas é positiva.” afirmou o executivo que diz que a empresa trabalha no melhoramento deste quesito o tempo todo para evitar que o ódio apareça.
O valor da rede social despenca na bolsa e Mark Zuckerberg pode perder bilhões de dólares com o boicote.
