O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), vai adiantar o recesso escolar de 15 dias para paralisar as aulas e fechar escolas no momento mais difícil da pandemia no Estado. Aos eventos religiosos, campeonatos esportivos também estão suspensos no Estado. A determinação é válida de 15 a 30 de março. As lojas de construção, serviços de retirada (‘take away’) e parques também não poderão funcionar e escolas estaduais terão recesso adiantado
As escolas estaduais entrarão em férias do dia 15 a 28 de março. A recomendação é que escolas particulares e municipais também possam aderir.
O Governo de SP também anunciou um toque de recolher entre as 20h e 5h da manhã do outro dia. Além de estar proibido o uso de praias e parques.
Serviços de retirada de todos os setores estão proibidos. Lojas de materiais de construção ficarão fechadas. Medidas atingem mais 14 atividades e têm como objetivo tirar 4 milhões de pessoas de circulação. Assista a coletiva ao vivo:
A recomendação é de escalonamento do horário de entrada no trabalho para evitar aglomerações no transporte público. Das 5h às 7h seria para trabalhadores da indústria. Das 7h às 9h para trabalhadores de serviços e das 9h às 11 para o pessoal do comércio.
A medida vem sendo discutida nesta quinta-feira (11) em reuniões com membros do governo e do Centro de Contingência contra a Covid e deve ser anunciada em coletiva que começou pouco antes das 13h desta quinta-feira. As escolas particulares e municipais terão autonomia para fechar ou não.
Em vídeo publicado nas redes sociais nesta quinta, o governador avisou que vai tomar medidas mais restritivas para conter o avanço do coronavírus. A nova classificação é chamada de “fase emergencial”. Segundo o Estadão apurou, o governo deve restringir horários de funcionamento de padarias e mercados, para diminuir a circulação de pessoas. Cultos religiosos e futebol também devem ser proibidos.
Desde quarta-feira, os membros do centro de contingência e do governo já fizeram três reuniões para decidir as restrições. A sensação atual é a de que a fase vermelha não foi suficiente para conter a circulação. “Estamos tentando equilibrar essa equação da economia com a saúde. Mas temos que entrar numa nova etapa do Plano São Paulo. Ela é mais restritiva, eu reconheço. Não é fácil tomar essa decisão, uma decisão impopular, difícil, dura. Nenhum governante gosta de parar as atividades econômicas do seu Estado”, disse Doria, no vídeo.