O secretário de Urbanismo, Matias Razzo, observa que, mesmo antes de ser encoberta, a fonte era desconhecida de boa parte dos munícipes, pois ficava fora do alcance de visão devido ao muro da antiga fábrica. Com a demolição do muro e a retirada de outros elementos sem valor histórico, ele afirma que tanto o paredão quanto a fonte passaram a ser “vistos” pela população.
Razzo destaca que a fonte ganhará um sistema de drenagem que afastará a possibilidade da formação de criadouros do mosquito. Contudo, ele salienta que o espaço não funcionará como fonte em razão dos custos elevados para instalação de um novo sistema de bombeamento de água. De acordo com o projeto elaborado pela Secretaria de Urbanismo, a ideia é transformá-la em elemento paisagístico, e para tanto, receberá vegetação ornamental.
Ainda pela necessidade de contenção de gastos devido à pandemia de coronavírus, o secretário afirma que o projeto global para o espaço, que prevê o reforço do paredão e a construção de uma praça, precisou ser dividido em duas etapas.
Nesse primeiro momento, ele salienta que a prefeitura optou por dar prioridade à instalação da estrutura metálica que dará nova sustentação à edificação, a fim de preservá-la. Essa ação permitirá a retirada do escoramento de madeira, já bastante desgastado pelo tempo. Ainda nessa primeira fase, haverá uma alteração viária no local, com alargamento da Av. Campinas, visando melhorar o fluxo de veículos, e ampliação da calçada, nesse caso, para facilitar a circulação de pedestres.
Posteriormente, ele informa que a Administração Municipal buscará meios para avançar com o projeto. “Ainda estamos estudando formas de viabilizar a transformação dessa área em uma praça, como previa o projeto inicial”, diz Razzo.
O prefeito Mario Botion comentou a importância da intervenção, que ocorre no coração da cidade. “Além da preservação desse patrimônio histórico, que no passado abrigou a Máchina São Paulo, considerada o berço da industrialização limeirense, esse projeto também vai melhorar a mobilidade urbana da cidade”, destacou.
História
A Máchina São Paulo foi construída em 1914, por iniciativa de Trajano de Barros Camargo e Antonio Augusto de Barros Penteado. Em 1958, a empresa foi comprada pela Mercedes-Benz, que manteve a produção no local até 1962. Em 2007, o Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Histórico e Arquitetônico do Município de Limeira (Condephali) declarou o espaço como de “interesse histórico”. Atualmente, o que restou da edificação está em processo de tombamento.