Chegou o grande dia. Fluminense e Boca Juniors decidem hoje, às 17h, no Maracanã, o título da Taça Libertadores da América.
O Tricolor das Laranjeiras conquistou a vaga na final após superar o Internacional. Depois de um empate por 2 a 2, no Rio de Janeiro, venceu em pelno Beira-Rio por 2 a 1, de virada, gols de John Kennedy e Germán Cano. Já o Boca Juniors eliminou o Palmeiras nos pênaltis no Allianz Parque. Foram dois empates, um 0 a 0 no La Bombonera e 1 a 1, em São Paulo.
O Fluminense busca o título inédito. O time carioca foi vice em 2008, perdendo nos pênaltis para a LDU, em pleno Maracanã. O Boca por sua vez, está em busca do seu sétimo título na história da competição. Venceu as edições de 1977, 1978, 2000, 2001, 2003 e 2007.
O Boca Juniors teve uma campanha tranquila ao passar em primeiro em uma chave que tinha Deportivo Pereira (COL), Colo-Colo (CHI) e Monagas (VEN). Das oitavas em final em diante, o Boca Juniors não venceu nenhuma única partida sequer e conseguiu todas as classificações por meio dos pênaltis. A equipe argentina despachou Nacional (URU), Racing (ARG) e Palmeiras na marca da cal.
O Fluminense também passou em primeiro no Grupo D com o mesmo número de pontos do River Plate. Nas oitavas, os comandados de Diniz eliminaram o Argentinos Juniors. Nas quartas, a classificação aconteceu após vencer o Olímpia (PAR). Já nas semifinais, o time conseguiu o feito de bater o Internacional em pleno Beira-Rio.
Com 12 gols marcados e duas assistências em 11 partidas nesta edição de Libertadores, o centroavante argentino Germán Cano é a grande esperança de gols do Fluminense.
Dos 11 pênaltis (nenhuma decisão chegou na quinta cobrança), Romero defendeu seis – dois em cada uma das disputas. São 54,5% de aproveitamento nas penalidades, média que impressiona e que é um risco para o Fluminense, caso o jogo termine empatado ao final dos 120 minutos no Maracanã – tempo normal mais prorrogação.
O desempenho do Boca Juniors nessa Libertadores é medíocre – quando comparado às outras campanhas do time e dos campeões da competição. Além de não vencer uma partida sequer no mata-mata, marcou apenas 12 gols em 12 jogos.
Das seis partidas eliminatórias, em apenas duas – empate por 2 a 2 com o Nacional e 1 a 1 com o Palmeiras – foi às redes. Além disso, tem um aproveitamento de 52,8% após os 12 primeiros jogos e, caso seja campeão em mais uma disputa por pênaltis, será o segundo “pior” campeão da história da Libertadores.
Apenas a LDU, em 2008, registrou desempenho pior. Nos 14 jogos, teve aproveitamento inferior a 50% (exatos 47,6%).
Por outro lado, foram apenas cinco gols sofridos pelo Boca Juniors em toda a Libertadores desde ano.
Campeões da Taça Libertadores:
Independiente (ARG) – 7 títulos
Boca Juniors (ARG) – 6 títulos
Peñarol (URU) – 5 títulos
River Plate (ARG) e Estudiantes (ARG) – 4 títulos
Olimpia (PAR), Nacional (URU), São Paulo, Grêmio, Santos, Palmeiras e Flamengo – 3 títulos
Cruzeiro, Internacional/RS e Atlético Nacional (COL) – 2 títulos
Colo-Colo (CHI), San Lorenzo (ARG), Racing (ARG), Vélez Sarsfield (ARG), LDU (EQU), Argentinos Juniors (ARG), Corinthians, Atlético/MG, Vasco da Gama e Once Caldas (COL) – 1 título.
Fluminense x Boca Juniors
Boca Juniors – Sergio Romero; Advincula, Figal, Saracchi e Frank Fabra (Roncaglia); Pol Fernández, Ezequiel Fernández, Cristian Medina e Valentín Barco; Edinson Cavani e Merentiel. Técnico – Jorge Almirón.
Fluminense – Fábio; Samuel Xavier, Felipe Melo, Marlon e Marcelo; André, Lima e Paulo Henrique Ganso; Jhon Arias, Germán Cano e Keno. Técnico – Fernando Diniz.
Árbitro – Wilmar Roldán (Colômbia)
Local – Maracanã, às 17h.
