Por volta das 13h desta segunda-feira (13), a cuidadora de idosos Patricia Aparecida Ferreira da Silva, de 47 anos, recebeu uma mensagem da filha de 12 anos que, num vídeo, mostrava a torneira da escola sem água e ainda dizia: mãe. estou morrendo de sede”.
Patrícia diz que falou para a filha encher sua garrafinha, de 800 ml, com água, porém ela respondeu que não havia água na escola inteira – a menor estuda na Escola Estadual Professor Arlindo Silvestre, no Parque Nossa Senhora das Dores, em Limeira (SP), das 7h às 16h, por se tratar de estudo em período integral.
“Não achei justo que somente ela tomasse água, peguei uma garrafa térmica de três litros, com água gelada, alguns copos descartáveis e levei com a intenção de servir, também, outros alunos. Pelo menos a sala dela”, contou Patricia.
Quando chegou no portão da escola, de acordo com a cuidadora, já havia outra mulher com duas garrafas descartáveis, com água, para entregar à filha, mas ela falou que não foi autorizada. Inclusive, a outra mãe ia tirar a filha mais cedo da escola e levar para casa.
“Quando a filha dela saiu, me contou que um senhor que mora perto da escola entrou com um galão de água de 20 litros. Pedi para tomar e, ao que provei, a água estava morna. A aluna me falou que a água do galão estava sendo racionada e que não dava um copo cheio para cada pessoa que pedia”, acrescentou.
Diante da situação, Patricia também pediu para levar a filha. “A pessoa que fica na portaria me disse que seria preciso assinar um termo de compromisso e eu assinei. Gosto muito da diretora desta escola, mas, desta vez, houve uma grande falha”. declarou.
A filha disse à Patricia que a informação na escola era que a caixa d’água não estava suprindo a demanda normal de fornecimento de água. A equipe do Rápido No Ar fez contato com a Secretaria de Estado da Educação e aguarda uma resposta.