A qualidade do trabalho desenvolvido pelos reeducandos nas oficinas laborais instaladas no interior da Penitenciária de Piracicaba (SP) despertou o interesse de executivos estrangeiros que, durante visita na filial brasileira da empresa multinacional Ering Klinger, pediram autorização para conhecer a unidade prisional.
Acompanhados de executivos brasileiros, os representantes das filiais do México e Estados Unidos e, ainda, do executivo responsável mundial pelo controle de qualidade na empresa, conheceram as oficinas, que são proporcionadas pela própria Ering Klinger, a qual tem parceria com a penitenciária, por meio de contrato firmado com a Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” – Funap -, para utilização de mão de obra dos custodiados dos regimes fechado e semiaberto.
Manuel López Ayala, executivo de Recursos Humanos da filial no México, exaltou o ambiente organizado, limpo, respeitoso e percebeu que toda organização não se trata de uma casualidade por conta da visita, mas sim uma rotina diária, visto que foi solicitada e realizada de última hora.
Weiss Andreas Herbert, executivo na Alemanha, responsável pelo Controle de Qualidade das 45 fábricas espalhadas pelo mundo, ratificou a fala de Manuel López e acrescentou que é um projeto onde todos ganham: a penitenciária, a empresa e o reeducando.
Juliano Francisco Marcelino, executivo de Recursos Humanos da filial no país, e um dos responsáveis da Elring Klinger Brasil para a realização da parceria, informou que, guardadas as proporções concernentes à segurança, o projeto realizado na unidade será matéria da revista interna da empresa, de circulação mundial.
Ele também salientou que está em conversa com a Funap para ampliar a contratação de mão de obra carcerária.
Elcio José Bonsaglia, diretor da Unidade Prisional, afirmou que essa visita mostra a dimensão da excelência do trabalho desenvolvido no presídio, com todo o suporte e apoio da Secretaria da Administração Penitenciária, por meio da Coordenadoria de Unidades Prisionais da Região Central do Estado.
“Pessoas gabaritadas, como os executivos que nos visitaram, mostraram-se satisfeitos e admirados com o sério trabalho que busca o cumprimento de pena digno, humano e ressocializador”, destacou.
