Daiane Dias, ex-mulher de Francisco Wanderley Luiz, responsável pelo atentado contra o Supremo Tribunal Federal (STF), morreu na madrugada desta terça-feira (3). Ela estava internada na UTI do Hospital Tereza Ramos, em Lages (SC), desde 17 de novembro, após atear fogo à própria residência em Rio do Sul (SC). A mulher sofreu queimaduras de 1º, 2º e 3º graus por todo o corpo.
De acordo com as investigações da Polícia Civil, Daiane comprou material inflamável em uma loja local no amanhecer do dia 17 e, ao retornar para casa, iniciou o incêndio enquanto permanecia no interior do imóvel. A perícia encontrou evidências de que ela agiu sozinha, incluindo imagens de segurança e objetos com resíduos inflamáveis. As autoridades indicaram que a ação foi intencional, apontando para uma possível tentativa de suicídio.
“A mulher adquiriu o material, provocou o incêndio e ficou no local. Há indícios sólidos de que o objetivo era tirar a própria vida”, afirmou o delegado Juliano Bridi. A Polícia Científica também coletou outros materiais na residência para análise.
O atentado ao STF
Quatro dias antes do incêndio, Francisco Wanderley Luiz, ex-marido de Daiane, detonou um carro-bomba em frente ao STF. Conhecido como Tiü França nas redes sociais, Francisco morreu na explosão que ocorreu no estacionamento anexo à Câmara dos Deputados. Durante o atentado, ele pretendia atingir o ministro Alexandre de Moraes e outras pessoas presentes, conforme relato dado por Daiane à Polícia Federal.
O ataque foi condenado nacionalmente e está sendo tratado como um ato de terrorismo. Fogos de artifício e tijolos foram encontrados no porta-malas do veículo usado na ação.
Desdobramentos e investigação
Após o atentado, Daiane foi ouvida pela Polícia Federal, colaborando com informações sobre o planejamento de Francisco. No entanto, poucos dias depois, o incidente envolvendo o incêndio em sua residência trouxe novos desdobramentos ao caso.
A morte de Daiane foi confirmada pela Secretaria de Saúde de Santa Catarina, que comunicou o falecimento à família e acionou a Polícia Científica para prosseguir com as investigações.