Há sete anos, já formada e trabalhando como secretária, outra mudança: Sabrina conseguiu uma bolsa para estudar engenharia no Rio de Janeiro. Resolveu sair do Mato Grosso do Sul.
No decorrer do curso, arranjou trabalho em um escritório. Até que, em janeiro de 2012, resolveu fazer alguma atividade para complementar a renda. “Comprei R$ 50 em matéria-prima, fiz bijuterias e comecei a vender meus produtos pela internet”, diz.
Nascia, ali, a Francisca Joias. Sabrina batizou a empresa em homenagem à sua avó. “É um nome que representa força, perseverança e afeto. Além disso, mostra de onde eu vim”, diz Sabrina.
A princípio, ela usava a plataforma Elo7, especializada em artesanato, joias e produtos criativos em geral. Tudo aquilo que ganhava era reinvestido. Assim, foi conseguindo vender mais e mais peças. Em agosto de 2012, decidiu criar uma loja virtual própria para a Francisca Joias.
Em 2016, com a crise econômica ganhando forças, Sabrina decidiu mudar um pouco o modelo de negócio da Francisca Joias: começou a trabalhar com revendedoras
Atualmente, a empresa tem 620 pessoas revendendo seus produtos. Elas compram os itens que quiserem com desconto, recebem o pedido em casa e revendem as joias pelo mesmo preço do e-commerce. “Com o desconto, eu perco margem de lucro, mas aumento meu número de vendas. Além disso, dou chance a quem precisa trabalhar”, afirma Sabrina.
A Francisca Joias vende brincos, colares, pulseiras, anéis e diversas opções de acessórios. O site também trabalha com óculos escuros. No total, o e-commerce tem cerca de 3 mil itens.
De acordo com Sabrina, o principal diferencial da marca é o atendimento. “Trabalhamos de forma humanizada. Acreditamos que as vendas são feitas de pessoas para pessoas, mesmo que a transação ocorra pela internet. Fazemos um atendimento mais leve e que traz confiança.”
Em 2016, a Francisca Joias faturou R$ 2,4 milhões. Além do trabalho com a marca, a mineira tem um site próprio, em que dá dicas de empreendedorismo para mulheres. “Sei que posso ajudar muita gente a empreender, empoderar-se e acreditar que é possível mudar de vida”, diz Sabrina